A Chapada do Araripe pode se tornar Patrimônio Mundial pela Unesco nos próximos dois anos. Para a rádio O POVO CBN Cariri, Patrício Melo, professor da Universidade Regional do Cariri (Urca), informou que a candidatura, coordenada por ele, segue em processo de análise e, segundo ele, a certificação traria visibilidade e novos investimentos para a região.
O projeto iniciou em 2018 e conta com o apoio de várias instituições, como o governo do Ceará, a Fundação Casa Grande e a Fecomércio.
O primeiro passo foi a realização de um inventário, que destacou os principais bens naturais e culturais da Chapada. A candidatura classifica a Chapada do Araripe como um bem misto, devido à riqueza tanto natural quanto cultural da região. De acordo com o professor, a candidatura foi estruturada como uma "paisagem cultural", que valoriza o ecossistema e as tradições locais.
Candidatura é baseada em critérios da Unesco
Segundo Patrício Melo a candidatura se baseia em três critérios principais da Unesco: o testemunho único de uma tradição cultural viva, a associação com eventos de importância cultural e a representação de processos geológicos significativos.
Com um vasto acervo cultural e geológico, a Chapada abriga o Geopark Araripe e tradições culturais como os reisados de Juazeiro do Norte, que foram documentadas e incluídas no dossiê de candidatura.
A expectativa é que o processo de análise avance nos próximos dois anos. Caso aprovada, a Chapada do Araripe se somará a outros locais brasileiros com o título, como o sítio Burle Marx e o Cais do Valongo.
"A certificação pela Unesco é um reconhecimento da importância do trabalho de preservação que já estamos realizando", destacou Patrício Melo, sobre o impacto positivo que a chancela trará para o desenvolvimento e a conservação da Chapada do Araripe.
Entre os fatores que ainda precisam de atenção está a prevenção de incêndios florestais.
Recentemente, a Chapada sofreu com queimadas que destruíram cerca de 142 hectares de vegetação. Patrício destaca que, com o título de Patrimônio Mundial, a região ganharia maior proteção e visibilidade, o que ajudaria na preservação e combate a problemas como esses.
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Fonte - O Povo
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