Há 20 anos, na Conferência de Cúpula das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, a Legião da Boa Vontade (LBV) trazia a sua proposta de erguimento de um orbe sustentável do ponto de vista ecológico e ético: educar, reeducar, instruir e espiritualizar no caminho da Paz. Isso faz sobreviver as criaturas, as nações, a Natureza, o planeta.
Não podemos progredir destruindo o mundo, a nossa casa coletiva, por efeito de ignorância. Não há vida longa em um desenvolvimento que aniquila o próprio hábitat e seus moradores. É um contrassenso marcado pela falta de informação não apenas intelectual, mas também, e principalmente, moral e espiritual.
Na conferência histórica, inspiradora imagem rodou o mundo: um grupo com algumas das crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade na capital fluminense envolvia em um esperançoso abraço a Árvore da Vida, símbolo da Rio-92. Transcorridas duas décadas, muitos daqueles pequeninos, impulsionados pela Pedagogia do Afeto e pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico da LBV — e deixando germinar em seus corações a semente daquele memorável encontro — tornaram-se adultos com decidida consciência socioambiental.
É um exemplo singelo, em meio às discussões tão complexas pelo orbe afora. As crianças bem formadas nas questões do meio ambiente serão os futuros governantes, empresários, economistas, médicos, operários, cientistas, cidadãos, enfim, a alavancar o desenvolvimento sustentável nas mais distintas áreas, porquanto, acima de tudo, serão éticos, solidários, fraternos.
Ainda na Rio-92, a Legião da Boa Vontade lançou a Campanha Gente também é bicho. Preserve a criança brasileira. O oceanógrafo e explorador francês Jacques Cousteau (1910-1997), recebido com reverência pelos participantes da Cúpula de 1992, ao tomar conhecimento da iniciativa da LBV, externou seu apoio: “Se não cuidarmos das crianças, de nada adianta discutirmos o problema ecológico”.
Ressaltou igualmente o secretário-geral da Rio-92, Maurice Strong: “Concordo com esta campanha da LBV. Espero que as mais importantes decisões tomadas aqui possam ter maior apoio, novas energias, produtividades para fazer com que as crianças do Brasil e de todo o mundo tenham novas oportunidades”.
Nossa saudação e votos de elevado êxito à anfitriã da desafiante Rio+20, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, bem como aos distintos chefes de Estado e suas comitivas, além dos representantes da sociedade civil, que comparecerão ao encontro de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro/RJ.
Decididos, atendamos à convocação do evento, cônscios da necessidade urgente de deixar de lado o que seja apenas teoria e unir esforços, fazer parcerias, corrigir os nossos equívocos. Afinal de contas, estamos na Terra. É a nossa morada única! O que exige que nos tornemos verdadeiramente cidadãos ecumênicos, isto é, planetários, globalizados no Bem. Sem isso, as globalizações podem configurar grande perigo.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
Não podemos progredir destruindo o mundo, a nossa casa coletiva, por efeito de ignorância. Não há vida longa em um desenvolvimento que aniquila o próprio hábitat e seus moradores. É um contrassenso marcado pela falta de informação não apenas intelectual, mas também, e principalmente, moral e espiritual.
Na conferência histórica, inspiradora imagem rodou o mundo: um grupo com algumas das crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade na capital fluminense envolvia em um esperançoso abraço a Árvore da Vida, símbolo da Rio-92. Transcorridas duas décadas, muitos daqueles pequeninos, impulsionados pela Pedagogia do Afeto e pela Pedagogia do Cidadão Ecumênico da LBV — e deixando germinar em seus corações a semente daquele memorável encontro — tornaram-se adultos com decidida consciência socioambiental.
É um exemplo singelo, em meio às discussões tão complexas pelo orbe afora. As crianças bem formadas nas questões do meio ambiente serão os futuros governantes, empresários, economistas, médicos, operários, cientistas, cidadãos, enfim, a alavancar o desenvolvimento sustentável nas mais distintas áreas, porquanto, acima de tudo, serão éticos, solidários, fraternos.
Ainda na Rio-92, a Legião da Boa Vontade lançou a Campanha Gente também é bicho. Preserve a criança brasileira. O oceanógrafo e explorador francês Jacques Cousteau (1910-1997), recebido com reverência pelos participantes da Cúpula de 1992, ao tomar conhecimento da iniciativa da LBV, externou seu apoio: “Se não cuidarmos das crianças, de nada adianta discutirmos o problema ecológico”.
Ressaltou igualmente o secretário-geral da Rio-92, Maurice Strong: “Concordo com esta campanha da LBV. Espero que as mais importantes decisões tomadas aqui possam ter maior apoio, novas energias, produtividades para fazer com que as crianças do Brasil e de todo o mundo tenham novas oportunidades”.
Nossa saudação e votos de elevado êxito à anfitriã da desafiante Rio+20, a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, bem como aos distintos chefes de Estado e suas comitivas, além dos representantes da sociedade civil, que comparecerão ao encontro de 13 a 22 deste mês, no Rio de Janeiro/RJ.
Decididos, atendamos à convocação do evento, cônscios da necessidade urgente de deixar de lado o que seja apenas teoria e unir esforços, fazer parcerias, corrigir os nossos equívocos. Afinal de contas, estamos na Terra. É a nossa morada única! O que exige que nos tornemos verdadeiramente cidadãos ecumênicos, isto é, planetários, globalizados no Bem. Sem isso, as globalizações podem configurar grande perigo.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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