Episódios de perda de consciência, movimentos musculares involuntários e incontroláveis, queda, trincar os dentes e morder a própria língua. Esses são alguns dos sintomas de um ataque de epilepsia, uma doença do sistema nervoso central que atinge 3 milhões de brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50 milhões de pessoas sofrem com o transtorno. Porém, com o tratamento medicamentoso correto, cerca de %u2154 dos pacientes apresentam sucesso no controle dos sintomas e crises.
O diagnóstico da doença é feito com base nos sintomas apresentados durante um ataque epilétpico, com o histórico clínico, exames de imagem e eletroencefalograma. A maior parte dos tipos de epilepsia têm início na infância e costumam se apresentar em crianças de até 5 anos de idade, mas segundo o neurologista do Hospital Jayme da Fonte, Mário Mélo, o transtorno também pode ocorrer em adultos e estar relacionado a lesões cerebrais, como tumores e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Um dos maiores perigos da doença para o paciente é sofrer uma crise em situações de risco. Por exemplo: andar na rua e cair no chão; estar em casa, cair e se machucar”, explica. “Esses eventos duram de segundos a minutos. O que podemos fazer para ajudar é evitar que a pessoa se machuque, protegendo principalmente a sua cabeça. Existe um mito sobre puxar a língua durante o ataque, mas isso não deve ser feito, já que o paciente pode morder a própria língua e até o dedo de quem está tentando ajudar. O ideal é pedir socorro o quanto antes e esperar os sintomas diminuírem”.
Na maioria dos casos, o tratamento para o transtorno é medicamentoso. Existem remédios específicos para controlar a doença e eles apresentam uma taxa de sucesso (menos de uma crise a cada três meses) de 60% nos casos. O procedimento cirúrgico é uma exceção e só é indicada em quadros que os pacientes não respondem adequadamente a mais de dois medicamentos.
Ainda de acordo com o especialista, as crises de epilepsia podem ter gatilhos. Em geral, são fatores externos que podem causar esses episódios de descarga elétrica anormal dos neurônios, que podem se manifestar de formas diferentes em cada paciente. São eles: a ingestão de álcool, privação de sono, luz piscando, febres e infecções.
“É importante reconhecer os gatilhos para poder evitá-los. De toda forma, é indispensável que o paciente diagnosticado com epilepsia tenha um sono regular, tome as medicações prescritas na dose e horários certos e tenha a vacinação em dia. Também é necessário orientar familiares, amigos, companheiros de escola ou trabalho sobre como agir durante uma crise, para evitar estigmas e garantir a segurança do paciente”, finaliza Mário Mélo.
Consolidado na saúde pernambucana, o Hospital Jayme da Fonte é referência no atendimento de urgência e emergência na área de neurologia. A unidade conta com uma equipe médica de excelência e dispõe de um moderno centro de diagnóstico, garantindo um atendimento humanizado, com conforto e segurança para os pacientes.
Por Marina Costa - Diário de Pernambuco
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