Começou na quarta-feira (1º) a temporada de reprodução dos peixes no Rio São Francisco, a Piracema. Com isso, até 28 de fevereiro, está proibida a pesca com redes tarrafas e tarrafões. São quatro meses de pausa nos trabalhos dos pescadores.
A sobrevivência de José Augusto Ferreira Rosa, pescador há mais de 30 anos, vem do rio. Ele sabe que é preciso parar agora para garantir o pescado dos próximos anos. " A gente depende do rio, mas quando é nesse período de piracema a gente, é norma, é lei que a gente não pode pescar, senão a gente não tem o peixe no próximo ano. Para mais tarde a gente ter com que sobreviver do nosso rio".
No defeso, o pescador Eugênio Alves aproveita para fazer uma renda extra realizando a manutenção dos equipamentos e embarcações. "Muitas das vezes vou para roça trabalhar e tiro esse período para ajeitar o material: embarcações, redes, tarrafas. Para quando começar o período de pescar de novo, estamos preparados".
Além de recorrer a outras atividades, os pescadores artesanais, que comprovem a atividade, tem direito ao seguro defeso enquanto a pesca estiver proibida. O benefício de um salário-mínimo é pago por mês pelo Governo Federal.
Durante a piracema, as fiscalizações do Ibama seguem da nascente à foz do rio. Quem for flagrado descumprindo as normas de pescaria ou comercializando peixes sem declaração do estoque será punido. As multas podem passar de R$ 100 mil e o infrator vai responder por crime ambiental, e ainda terá o seguro defeso suspenso.
"Todos os pescadores filiados a associação e colônia de pescadores tem por obrigação no período de defeso tirar todos os seus apetrechos de pesca (rede, tarrafa e malhas) de dentro da embarcação e trazer para sua residência para que não venha ser punido por descumprimento da lei", reforçou o encarregado pela fiscalização do Ibama, Milton Gomes.
Fonte - G1/ Petrolina
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