O prefeito de Belo Jardim Gilvandro Estrela, no agreste pernambucano, publicou em sua rede social, que havia realizado uma cirurgia nos olhos e nas orelhas no Hospital Municipal Júlio Alves de Lira, nessa quarta-feira (04). A operação causou a discussão entre populares, tendo em vista que, até o momento, não há notícias de que esse tipo de cirurgia estética tenha sido realizado na unidade de saúde pública e a falta de especialistas para atender as urgências e emergências para o restante da população.
De modo geral, o Sistema Único de Saúde – SUS não cobre a cirurgias nas orelhas, como a otoplastia, por exemplo, por se tratar de um procedimento estético, que visam apenas a melhor aparência do indivíduo. O SUS a realiza gratuitamente em casos em que as famosas “orelhas de abano” tragam problemas psicológicos graves para a pessoa ou para corrigir aspectos funcionais, as cirurgias reparadoras. Aparecida Cavalcante comentou no post que é “muito bom o atendimento para o prefeito, se fosse igual pra todos os pacientes que precisassem, enquanto os pacientes aguardam anos por uma simples consulta. Mas plástica é simples né?”.
Na mesma publicação, outra internauta relata que “Pena que no meu caso não é satisfatório assim. Desde janeiro, estou esperando uma Ultrassom. Isso porque é um exame simples, imagina um exame mais complexo”, se queixou contra o prefeito, demonstrando que pode ter havido abuso de poder econômico de Gilvandro Estrela por ter se beneficiado do comando da máquina pública ao seu favor em detrimento dos demais cidadãos belo-jardinenses.
O cidadão Elias Antônio de Santana, conhecido como Picolé, relatou que há “dois anos espero pra fazer uma cirurgia de hérnia umbilical, já fiz todos os exames. A secretaria de Saúde não liga para agendar. Quando vou atrás pra saber como anda, as enfermeiras do posto dizem que tenho que fazer os exames de novo. Isso já virou perseguição política”, disse.
O prefeito Gilvandro Estrela não citou qual o procedimento realizado, já que não há indícios, inclusive, do seu nome constar na fila de espera para cirurgias eletivas na unidade pública de saúde.
Fonte - FalaPE
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