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sábado, 24 de setembro de 2022

SAÚDE - INCHAÇO NOS DEDOS PODE SER SINAL DE DOENÇAS CRÔNICAS


Na última semana, durante a cerimônia de proclamação do novo rei do Reino Unido, Charles III, os “dedos de salsichas” do monarca roubaram a atenção do público e o tema foi destaque nas redes sociais. Esta não foi a primeira vez que os dedos inchados do rei viraram notícia, mas oficialmente, nenhum problema de saúde específico foi divulgado pelo Palácio de Buckingham. O edema, termo médico e científico para o inchaço, pode ser um sinal de doenças crônicas renais, reumáticas, vasculares e ortopédicas, hipertensão arterial descontrolada, infecções e até traumas.

Segundo o Chefe de Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Jayme da Fonte, Esdras Marques, o inchaço também pode ser causado por outros fatores não relacionados a doenças crônicas. “Uma alimentação rica em sal pode causar uma maior retenção de líquido em pessoas que apresentam disposição genética e em hipertensos. Além disso, algumas posturas podem causar o edema nas mãos, como por exemplo: permanecer um longo período com o antebraço flexionado”, explicou.

O inchaço pode provocar dor, sensação de peso na região causando desconforto e diminuindo a qualidade de vida do paciente, com limitações no movimento dos dedos e das mãos. Em alguns casos, o edema pode evoluir para outras partes do corpo: rosto, pernas e até na região genital. O recomendado ao perceber os sintomas é procurar um médico especialista, como angiologista, nefrologista, cardiologista ou reumatologista, para identificar a causa e iniciar o tratamento mais adequado de acordo com o diagnóstico, já que as doenças ocorrem em sua maioria de forma silenciosa.

Com a intervenção médica e com fisioterapia para alguns casos, os dedos podem voltar ao normal, mas é importante que o paciente mantenha hábitos saudáveis para evitar a volta do edema. “É necessário controlar a pressão arterial com medicamentos, exercícios físicos aeróbicos e dieta com pouco sal. Em casos de doenças reumáticas, o uso medicamentos é essencial, assim como a fisioterapia no diagnóstico de edema linfático. É necessário beber água frequentemente para estimular o trabalho renal e evitar manter os membros superiores em posição de flexão por período prolongado (dormir com os membros fletidos)”, finalizou Esdras Marques.

Para uma identificação correta e melhor forma de tratamento dos edemas, os pacientes devem procurar centros médicos referência em atendimento de angiologia, cardiologia, nefrologia e reumatologia, como o Hospital Jayme da Fonte, que possui médicos especializados da área. O atendimento também é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Por Marina Costa - Diário de Pernambuco

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