O espólio político, como qualquer outra herança, é divido em dois: o bom e o ruim. Não existe passado meio bom, muito menos meio ruim. Escrever positivamente é tão difícil que muitos preferem o fácil caminho da crítica superficial.
Quando o espólio político herdado é o positivo, pelo simples fato de ser uma obra do passado, o benefício cai no esquecimento, vira rotina; deixa de ser bom, pois já é comum. O mesmo não acontece com a herança negativa. Esta, por sua vez, vira uma eternidade, os críticos usam e abusam para tentar associá-la ao presente.
O presente não pode mudar o passado. Se assim pudesse venceria todas as leis de tempo e espaço. O presente tem por obrigação fazer melhor pelo futuro. Cabe aos dias de hoje garantir que os erros de ontem não se repitam amanhã.
Assim é com o espólio político negativo. Não dá para sumir com ele do dia para a noite. Política não é mágica. Política é planejamento, análise, vontade de fazer o melhor e principalmente ação efetiva para garantir o presente e ganhar promissoramente o futuro.
Araripina tem os dois espólios. É incomensurável dizer qual deles prevalece: o bom ou o ruim. O fato é que o espólio ruim está aí para ser superado: infraestrutura da cidade, melhoria dos serviços de saúde e educação, planejamento de ações para a zona rural, déficit habitacional, reforma e/ou construção de espaços públicos como quadras esportivas, matadouros públicos, sedes de secretárias, etc.
Esse é exatamente o desafio do presente: garantir que estes temas amanhã façam parte da história e não da realidade das pessoas. É tirar a cidade do atraso que viveu em alguns setores para que o futuro seja tão bom que automaticamente as pessoas esqueçam como era ruim no passado. Cria-se, desta maneira, o círculo progressista e o espólio negativo, que tira a felicidade do povo, diminua ou até mesmo desapareça.
Jorge Carvalho Possetti - Jornalista e Radialista
Nenhum comentário:
Postar um comentário