O pernambucano que quiser conduzir um carro zero quilômetro precisará desembolsar, em uma única parcela, o valor do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). A medida anunciada pelo Governo do Estado passa a valer aos proprietários que comprarem os veículos a partir deste mês. Antes, existia a possibilidade de pagar o imposto em até três parcelas. O consumidor pode “fugir” dessa cobrança adquirindo um carro semi-novo, já que o valor é menor. Além disso, existe a possibilidade de o carro usado voltar a ficar mais acessível ao bolso do consumidor. De acordo com o consultor do mercado automobilístico André Belchior Torres, o preço do carro usado vem caindo porque as taxas dos veículos novos não estão mais atrativas. “O valor de um zero era quase o de um usado”, contou. Muitos proprietários também estavam dando seus semi-novos como entrada, nas concessionárias, para financiar o resto do valor. Como os preços de carros zero quilômetro estavam mais interessantes, a alternativa era optar pelo carro novo. “O mercado parou para desovar os usados”, completou Torres. Na hora de trocar de carro, o advogado Luiz Otávio Laranjeiras sempre prefere os semi-novos de porte médio, apesar de ter feito uma revisão no veículo recém-comprado no valor de R$ 1,5 mil. “Minha condição é o conforto e a depreciação do zero é maior quando sai da loja. Gastei R$ 26 mil no meu carro 2004. Um novo popular é R$ 28 mil”, comparou. “O proprietário precisa optar entre a garantia de dois a quatro anos do novo e a depreciação de 10% do seu valor”, lembrou o consultor. Uma opção para quem ainda prefere o carro zero quilômetro e quer evitar o alto valor do IPVA, de acordo com a advogada do Pro Teste, Karin Veloso Mazorca, é aproveitar as promoções oferecidas pelas concessionárias que já vendem o carro com o pagamento do imposto.
Rafaela Aguiar
FOLHA-PE
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