Depois de alguns meses de trégua, o feijão vai voltar a ficar mais pesado no orçamento mensal do consumidor. Segundo a Associação Pernambucana dos Supermercados (Apes), as unidades varejistas do Estado vão começar a repassar, ainda esta semana, os aumentos de até 20% vindos dos produtores. Com isso, o feijão carioca tipo 1, o mais consumido pela população local, vai passar da média de R$ 4,75, praticada até o final do mês passado, para mais de R$ 5,50. “O problema é a escassez do produto”, relatou o presidente da Apes, Geraldo José da Silva. Em relação a maio do ano passado, o feijão carioca está 97% mais caro. Naquela data o preço do saco de um quilo custava R$ 2,41. Mas o consumidor já chegou a pagar mais pelo produto. No auge da crise, em março deste ano, o feijão era encontrado por até R$ 6,80. A Apes divulgou ontem a pesquisa de preços que realiza mensalmente nos principais supermercados da Região Metropolitana do Recife. Segundo o trabalho, a cesta de 40 produtos básicos da alimentação do pernambucano aumentou 2,38% na comparação entre maio e abril deste ano. Em relação a maio do ano passado, o consumidor está gastando 23,18% a mais. Anteontem, o Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) também divulgou a inflação da cesta básica, com um aumento mensal bem superior ao registrado pela Apes: 14,19%. A diferença é que os produtos pesquisados e a metodologia das pesquisas são diferentes. No trabalho da Apes, a carne (3,83%), a charque dianteira (10,05%) e o arroz (4,55%) foram os produtos que mais contribuíram para a variação positiva.
FONTE JC
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