O aquecimento global pode inviabilizar a produção de combustíveis na região Nordeste do País. O alerta é de estudo que será divulgado nesta segunda-feira pela Coppe, instituto de pós-graduação e pesquisa de engenharia da Ufrj (Universidade Federal do Rio), no qual pesquisadores da entidade avaliam os impactos da elevação da temperatura na geração de energia no Brasil. Com base em projeções internacionais sobre emissões de gases do efeito estufa, o documento alerta ainda para uma possível redução na vazão dos rios do Nordeste e Norte, região apontada como nova fronteira hidrelétrica brasileira. O estudo trabalha com dois cenários elaborados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) que foram adaptados às condições brasileiras pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No cenário mais otimista, as emissões de carbono chegam perto dos 15 milhões de toneladas por ano em 2100. No pessimista, esse volume é dobrado. Um dos coordenadores do estudo, o professor Alexandre Szklo reconhece que o prazo é longo, mas diz que o objetivo é alertar o governo para que estas medidas de contenção com antecedência. A região mais afetada é o Vale do Rio São Francisco, que perde também o potencial de geração eólica. Já a vazão do rio, usada para geração hidrelétrica, pode ser reduzida em até 26,4%. PERNAMBUCO - A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj/MEC), por meio da Coordenação Geral de Estudos Ambientais e da Amazônia, promove a partir desta terça-feira (3) a V Semana do Meio Ambiente, que vai abordar o tema "Mudanças Climáticas e o Nordeste Brasileiro". A programação prevê a realização de duas mesas redondas e quatro seminários temáticos. As inscrições são gratuitas e deverão ser feitas no site www.fundaj.gov.br/vsma.
Fonte: Diário do Grande ABC
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