Ao rubro-negro que está com os dedos feridos pelas unhas mais que roídas durante o jogo de ontem, contra o Corinthians, os parabéns do Jornal do Commercio. Para aquele que vestiu a mesma camisa, a mesma bermuda, a mesma cueca usadas em jogos passados da campanha vitoriosa, até mesmo sem as lavar para evitar o azar, valeu! O que se sentou na mesma mesa de bar, quis ser atendido pelo mesmo garçom e não aceitou uma marca diferente de cerveja, ao que ainda não se cansou de gritar o “Casá casá” ou “Pelo Sport tudo!”, apesar da garganta exaurida e da voz já não corresponder nossos votos para que a comemoração não pare tão cedo. Não foi um título qualquer. Foi daqueles suados, doídos, recheados de polêmicas, provocações, mas, sobretudo, de fé. Fé do rubro-negro que viu o time se superar contra o Internacional, que saltou de alegria com o pênalti perdido por Edmundo e com o convertido por Carlinhos Bala no jogo em São Januário, contra o Vasco, que levantou a cabeça após o gol de Enílton no Morumbi, já no finzinho do confronto com o Coritnhians, e disse “Vai dar! É claro que vai dar!” E deu. Carlinhos Bala disse que Enílton havia feito o gol do título. Pode-se acreditar que foi mesmo. Ele também ajudou muito com um gol ontem, assim como Luciano Henrique naquele chute que deixou o rubro-negro certo da vitória, mas amedontrado com a possibilidade de os alvinegros fizerem só um gol, o que precisavam, e jogarem na valeta a sua esperança e levarem para São Paulo a alegria total de uma nação. Mas não era para eles. Era para você, rubro-negro. Agora pode buzinar pela vizinhança, pode chegar no trabalho assobiando, batucando na caixa de fósforo ou na mesa o casá casá. Você é campeão da Copa do Brasil. Os outros vão ter que te agüentar, não tem jeito.
fonte jc
Nenhum comentário:
Postar um comentário