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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

AO ESTILO JK, LULA PROMETE 40 ANOS EM 4 - "OBRAS NÃO VÃO PARAR"


O presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) visitou, ontem, o canteiro de obras da duplicação de um trecho da rodovia BR-101, entre as cidades de Maruim e Laranjeiras, em Sergipe. O petista disse que as obras no país "não vão mais parar" e prometeu que "vão ser quatro anos que vão valer por 40, de tanto que a gente vai trabalhar", em referência ao slogan do plano de metas usado por Juscelino Kubitschek, que estabeleceu a construção de Brasília.

Lula ressaltou que seu governo pretende retomar todas as obras paralisadas pelo país e reafirmou a metáfora usada no dia anterior de fazer a "roda-gigante do Brasil" girar. "O Brasil está voltando a funcionar, a roda-gigante começou a funcionar e não vai mais parar. A gente vai andar pelo Brasil inteiro anunciando obra, seja de infraestrutura, seja estrada, ferrovia, seja urbanização de favelas, saneamento básico, construção de casas do Minha Casa Minha Vida e de reconstrução de muitas escolas e muitas creches neste país, que ainda tem quatro mil obras paradas na área da educação, e nós vamos retomar todas", reiterou.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, que acompanhou o presidente na visita, frisou que o momento representava a retomada de todas as obras paradas nas rodovias do país. "Temos 453 contratos no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), no Ministério dos Transportes, que estavam paralisados, ou recebendo menos recurso para as obras entrarem no ritmo que as pessoas esperam", apontou. Segundo o superintendente local do Dnit, Alexandre Cunha, o trecho visitado por Lula estava com as obras paralisadas havia 13 anos.

Abastecimento

Sob o forte Sol do Nordeste, o presidente — usando um boné com a marca do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) — informou a jornalistas que o governo estuda, "com carinho", como realizar o Canal do Xingó, obra que busca garantir o abastecimento de água no interior de Sergipe.

"O ministro Waldez (Góes, da Integração Nacional) já preparou toda a parte técnica do Canal do Xingó", destacou o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, que foi deputado pelo PT de Sergipe e tem a base política no estado.

Também participaram do evento os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), além do governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD).

Durante o discurso, Lula não poupou elogios a Renan Filho, que "com apenas um mês e meio de trabalho, já é o melhor ministro dos Transportes que tive nos meus mandatos". "Renanzinho foi governador do estado de Alagoas e esse companheiro foi escolhido por mim para ser o ministro dos Transportes."

Em mais de uma oportunidade, o chefe do Executivo também fez questão de dividir os créditos pela retomada das obras com os parlamentares que apoiaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, possibilitando ao governo fazer investimentos. "Vocês sabem que para que a gente viesse aqui hoje (ontem), precisamos começar a governar o Brasil antes de tomar posse, em dezembro. Eu não tinha tomado posse, e nós fomos obrigados a mandar para o Congresso Nacional uma PEC, para colocar dinheiro para que a gente pudesse ter investimento este ano", lembrou.

"Temos de agradecer à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Essa conquista, temos de agradecer a todos os deputados e senadores que votaram na PEC, que permitiu que a gente voltasse a fazer o Brasil funcionar, gerar empregos, gerar melhoria na qualidade de vida das pessoas", disse o presidente.

Bolsa Família

Na cerimônia, Lula ainda enfatizou que, na próxima semana, deve anunciar o novo Bolsa Família. Se confirmado o envio do novo modelo do programa via medida provisória, será antecipada a previsão de Rui Costa. O ministro havia previsto para o início de março o encaminhamento do texto.

"Na semana que vem, vamos anunciar um novo Bolsa Família de R$ 600 e mais R$ 150 por criança de até 6 anos de idade, para que a gente possa, na infância, em que a criança mais precisa estar nutrida, garantir que a mãe possa comprar alimento para essas crianças", sustentou.

Por Henrique Lessa - Correio Braziliense

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