O governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) disse, em entrevista a imprensa nesta quinta-feira (15), que vai conversar com o ex-presidente Lula (PT) na hora que o petista quiser para discutir política. “Quem vai ao encontro dele sou eu”, afirmou Eduardo. O governador chamou Lula de “amigo” mais de uma vez e disse que a eventual conversa dele com o ex-presidente não deveria ser considerada uma notícia. “Isso é um ato normal, corriqueiro”, classifica. “Isso daí só é surpresa para aqueles que torciam, em determinado momento, para implantar outro tipo versão na nossa relação”, disse.
Na terça (13), Lula declarou em um evento do PT em São Paulo que respeitaria uma eventual candidatura presidencial de Eduardo. Apesar disso, o petista disse que gostaria de conversar com o governador para tê-lo no projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-presidente também negou que Campos seja um “ingrato” caso se lance candidato ao Planalto.
As declarações do governador foram dadas durante a inauguração do Terminal Integrado do Xambá, em Olinda. Eduardo também destacou que tem conversado com Lula sempre que um dos dois sente necessidade desse diálogo. “Algumas conversas vocês sabem, outras conversas vocês não sabem”, disse. O governador negou, porém, que a declaração de Lula tenha demonstrado alguma mudança de postura do petista.
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Diferenças
Ele também defendeu que a opinião do ex-presidente sempre foi levada muito em conta; apesar disso, existem discordâncias entre os dois políticos. “Nós já concordamos sobre muita coisa, discordamos sobre muita coisa. Mas nós nunca deixamos que isso afetasse, de minha parte, o respeito que eu tenho por ele”, afirmou. Questionado pela imprensa, o governador diz que nunca mediu se possui mais diferenças com Lula ou com a atual presidente Dilma Rousseff. “Eu acho que vocês medem, não é? Vocês sabem a resposta, não precisa me perguntar”, brincou.
2014
Sem citar nomes, Eduardo também criticou as pessoas que querem discutir antecipadamente as eleições de 2014. “Eu respeito quem entende que é a hora”, disse. O governador cobrou, porém, que fosse respeitado o entendimento de quem acha que o Brasil não merece que se vincule o debate político a eleição num momento político e econômico delicado. "As pessoas ficam dedicando tanta energia a ficar discutindo eleição e quando chega a eleição não tem nem o que mostrar", afirmou.
De acordo com o socialista, o PSB só tomará a decisão sobre o processo eleitoral em 2014. Apesar disto, ele continua aberto a dialogar sobre o assunto com o ex-presidente. "Isso não impede, pelo contrário, que a gente converse muito e dialogue com toda atenção", disse.
Do Blog do Jamildo
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