Se você pesquisar no Google sobre “Golpe da falsa central de atendimento” verá diversas informações sobre ele, inclusive de instituições bancárias. Recentemente alguns Bancos enviaram para seus correntistas detalhes e orientações sobre esse golpe. Nesse texto vamos compartilhar informações sobre o golpe e trazer algumas maneiras para que você possa se prevenir.
O referido golpe funciona da seguinte maneira, o golpista entra em contato através de mensagem de WhatsApp, por e-mail ou telefone, se passa por um atendente do banco, muitas vezes a ligação conta com o mesmo formato usado pelo Banco – mesma música de espera, e/ou atendimento automático com as mesmas características e orientações, o objetivo é que a potencial vítima sinta-se confortável ao reconhecer o ambiente e entenda como legítima a ligação.
Normalmente, para aplicar o golpe, são utilizados dados que foram expostos em vazamentos, ou mesmo técnicas de spoofing - o termo proveniente do inglês spoof - imitar, fingir. E essa é a finalidade dessa técnica.
Ao se passar por uma empresa, ou por determinada pessoa, como o gerente do Banco por exemplo, o golpista aborda o cliente de forma segura, para convencê-lo a fazer o que for solicitado, que pode ir de atualização de cadastro à confirmação de dados, inclusive de senhas e de dados do cartão de crédito.
Essa técnica também é muito utilizada para enviar mensagens alarmantes através do e-mail ou SMS, e por ter uma aparência de legítima, é capaz de levar muitos usuários a clicarem em links encurtados, ou a baixarem documentos que podem conter vírus. Como por exemplo, “caro cliente, sua senha vai expirar, você tem 48h para trocar sua senha, clique aqui, não fique sem acessar a sua conta”. Esse formato de texto dispara um gatilho de urgência que leva a pessoa a clicar sem refletir, até a mais sensata e informada.
Com medo o usuário clica no impulso e preenche o formulário com login e digita a senha antiga e a “nova”, acha que está se protegendo trocando a senha, mas na verdade está apenas passando as informações para os golpistas que estão coletando tudo e assim terão acesso a conta farão empréstimos, pagarão boletos, farão transferências, e usarão o cartão de crédito.
O spoofing leva o usuário à erro porque quando se olha o contexto do que foi recebido, parece legítimo, o remetente parece correto, e as informações de envio e do receptor estão dentro do esperado, isso traz uma sensação de segurança que pode fazer com que a vítima caia no golpe.
No e-mail, os golpistas podem solicitar informações, senhas, dados de cartão, preenchimento de cadastros, e podem até falar sobre prevenção a golpes para ganhar a confiança da vítima. Nunca faça nada que for solicitado por instituições sem antes confirmar a veracidade do e-mail e a necessidade do que está sendo solicitado. E faça sempre através do aplicativo já instalado ou dos canais oficiais. Nunca ligue para o contato do e-mail, nem envie mensagem através do WhatsApp.
Essa técnica também pode levar o usuário a erro quando acessa um site que parece idêntico ao que normalmente ele usa, mas na verdade é um site clonado/espelhado com objetivo de coletar dados e informações. Essa técnica também existe no caso de aplicativos, o ambiente parece o da instituição, pois é idêntico. Por isso é indispensável não clicar em links recebidos.
Normalmente esse golpe chega a potencial vítima requerendo alguma ação, seja uma atualização, alteração, informação, um clique, um cadastro, uma confirmação. As alegações são diversas, ora é um acesso indevido na conta, ora é uma atualização de sistema, de senha etc.
Se alguém se dizendo de uma instituição entrar em contato, não informe nada e diga que vai entrar em contato diretamente com seu gerente, nunca ligue para o Banco do mesmo telefone que recebeu a ligação, ela pode estar sendo interceptada pelos golpistas.
Para se proteger certifique-se de que as URLs (endereços do site) estão escritas com as letras corretas, temos a capacidade de ler substituindo automaticamente caracteres semelhantes e isso pode enganar a mente, só faça operações na internet atentamente, não faça várias coisas ao mesmo tempo, não se disperse, observe com calma os detalhes sempre que for solicitado qualquer alteração ou demanda da instituição, busque se informar acerca da veracidade da informação. E sempre use o aplicativo do Banco.
Procure acessar a sua conta e alterar seus dados apenas pelo aplicativo da sua instituição bancária. Não clique em links encurtados, ele esconde o real endereço do site e dificulta a sua análise. Não baixe documentos recebidos por e-mail, nem mesmo de contas conhecidas, procure antes confirmar a veracidade da mensagem.
Não realize transferências sob nenhum argumento, não “devolva” valores, não acredite em transações que supostamente “não foram realizadas”, não haja por impulso, busque sempre o aplicativo que você já tem instalado, e não baixe aplicativos fora da loja oficial, mesmo que supostamente seja a pedido da instituição ou de alguém conhecido, não siga instruções alheias sem antes pesquisar e analisar.
A atenção pode livrar você de uma enorme dor de cabeça!
Se cair no golpe, entre em contato imediato com o Banco, informe o que aconteceu, anote os protocolos, faça um Boletim de Ocorrência (BO), se administrativamente a instituição não se responsabilizar pelo ocorrido, procure um advogado especializado para providenciar a demanda.
Por Ana Paula canto de Lima - Diário de Pernambuco
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