O Sertão pernambucano entra no mapa da mineração nacional com um projeto estruturador de exploração e beneficiamento de titânio. Investidores da família Tavares de Melo, assessorados pela Casaforte Investimentos, anunciaram ao governador Paulo Câmara, na tarde desta quinta-feira (03.12), um investimento de R$ 200 milhões em Floresta, Sertão de Itaparica.
O empreendimento, incluindo mineração e beneficiamento do minério, prevê a geração de 250 empregos diretos e outros 600 indiretos. Participaram da audiência os empreendedores Marcos Tavares Costa Carvalho e Romildo Tavares de Melo, do grupo Tavares de Melo; e Fernando Buarque e Roberto Cabral de Melo, da Casaforte Investimentos.
O aporte anunciado hoje será destinado à primeira fase do projeto, que visa a produção anual de 150 mil toneladas na lavra e beneficiamento físico da chamada ilmenita – uma das principais fontes minerais de titânio. Expansões futuras estão nos planos da empresa.“Esse empreendimento vai contribuir para o desenvolvimento do Estado e de uma região que carece de maiores investimentos e alternativas econômicas. Vemos com muito entusiasmo, ainda mais entusiasmo porque ele é fruto de um tradicional grupo empresarial pernambucano”, celebrou o governador Paulo Câmara.
Após audiência com o governador, o empreendedor Romildo Tavares de Melo, destacou a capacidade de realizar do Estado. “Uma coisa que tem me impressionado no Governo de Pernambuco é a proatividade. Tanto o ex-governador Eduardo Campos, porque esse projeto começou em 2009, quanto o governador Paulo Câmara, os secretários estaduais e os órgãos envolvidos na negociação sempre foram muito proativos”, elogiou.
O concentrado de ilmenita é o principal insumo para a produção de pigmento de titânio, utilizado na fabricação de diversos produtos, como tintas, plásticos, cosméticos e papéis.
“O projeto é extremamente estratégico, pois, além da geração de oportunidades e renda no Sertão, seguindo a política de interiorização do Governo, prevê ainda pesquisa e desenvolvimento de tecnologias próprias, desenvolvidas em Pernambuco. Com isso, além de inserir o Estado, com destaque, no mercado nacional, ainda irá fomentar a estruturação de uma cadeia produtiva de ponta”, reforçou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões.
O concentrado de ilmenita poderá ser exportado ou vendido para uma planta de tratamento químico nacional para produção do pigmento de titânio. A única jazida de ilmenita operando no Brasil hoje exporta cerca de 50.000 toneladas/ano.
Da ASCOM
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