Sabe aquela sensibilidade excessiva à luz e um incômodo recorrente em ambientes claros e expostos ao sol? Essa condição se chama fotofobia e, em muitos casos, trata-se de um sintoma de alerta para a saúde ocular ou do restante do corpo. Em casos mais graves, pode até causar fortes dores de cabeça. “É preciso tratar a causa da fotofobia para que ela suma. Para isso, é necessário procurar o oftalmologista para que ele dê o diagnóstico e sane a causa”, ressalta o médico oftalmologista Arthur Frazão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope).
Pessoas que têm olhos de cor clara podem sentir os efeitos da fotofobia com mais frequência. Isso acontece porque os pigmentos dos olhos ajudam a proteger da luz, ou seja: quanto menos pigmento nos olhos, maiores as chances de agressão e sensibilidade. Entre as causas oculares mais comuns para a fotofobia, estão olhos secos, conjuntivite, doenças da córnea, doenças da retina ou vítreo e abrasão da córnea.
É importante ficar atento também ao fato de que a condição pode indicar que algo está errado não necessariamente com os nossos olhos, mas com alguma outra parte do corpo. Entre as causas não oculares mais comuns, segundo o oftalmologista, estão enxaqueca, depressão, lesão na cabeça, meningite e tumores hipofisários.
A fotofobia também pode ser caracterizada apenas como uma maior sensibilidade à luz, considerado normal em alguns pacientes. “Pode acontecer de o paciente ser examinado e nenhuma causa da fotofobia ser encontrada, sendo apenas uma sensibilidade maior à luz. Nesses casos, nós tratamos com lentes polarizadas, que são lentes responsáveis por organizar os feixes de luz antes que sejam recebidos pelos olhos”, finaliza Arthur Frazão, explicando ainda que no Brasil não existe lentes polarizadas transparentes, só escuras.
Do NE10/ CasaSaudável
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