O corpo docente das escolas municipais e estaduais em Pernambuco está envelhecendo. É o que aponta o estudo intitulado "Trabalho na Educação Básica em Pernambuco", realizado pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado) da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Foram entrevistadas 1.591 pessoas, entre professores e funcionários de 60 unidades educacionais estaduais, municipais e creches de 17 municípios do Estado, incluindo o Recife.
O estudo apresentou conclusões em quatro aspectos, o primeiro levantamento, sobre o perfil do trabalhador apresentou um dado preocupante: 46% dos professores municipais e estaduais têm mais de 20 anos de carreira, e apenas 15% possuem menos de 10 anos dentro da rede pública.
Entre os funcionários de escola o percentual de pessoas que trabalham há mais de 20 anos é maior, chegando a 51%. Isso influência diretamente no desenvolvimento educacional do Estado, devido à proximidade com a aposentadoria e à falta de concursos que promovam o ingresso de novas pessoas na carreira.
O perfil socioeconômico também foi traçado, mostrando que a categoria é formada em sua maioria por mulheres, sendo 82% entre os docentes e 75% funcionários. E 78% das mulheres entrevistas são as principais provedoras de renda do grupo familiar. No caso dos homens ouvidos pela pesquisa, esse número chega a 87%.
Em relação à formação profissional dos docentes, a pesquisa aponta que 94% dos professores são habilitados em pedagogia ou cursos de licenciatura, sendo que 56% deles alegaram possuir pós-graduação.
Do NE10
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