Uma tecnologia inovadora que possibilita o reuso da água de uso doméstico, como a que sai da pia e do chuveiro, começa a entrar em prática no Sertão do Araripe. Trata-se do bioágua, que será utilizado para regar hortaliças e fruteiras nos quintais das casas em comunidades rurais da região.
Responsável pela iniciativa, a Organização Não Governamental (ONG) Caatinga implantou dez bioáguas no Araripe pernambucano. Além de fazer o uso sustentável do líquido, o sistema tem ajudado famílias a manter suas pequenas produções mesmo em períodos de estiagem de chuva.
Para que possa ser reaproveitada, a água passa por um filtro de decantação com camadas de areia lavada, brita, serragem e húmus. “Para mim, o bioágua é de grande importância porque os pés de laranja, acerola e coco que tenho ao redor de casa estão sendo regados com essa água que era desperdiçada.
Antes, quando a gente lavava a roupa, aproveitava a água num pé de planta só. Agora é reaproveitada a água do banho, da roupa. O bioágua está servindo pra manter o meu quintal limpo”, afirma a agricultora Izabel Maria das Graças Silva, que mora na fazenda Tamboril em Ouricuri.
De acordo com cartilha publicada pelo Projeto Dom Helder Câmara (PDHC), a coleta e tratamento da água cinza é um importante avanço para o meio ambiente e para a saúde pública, ao evitar a degradação do ambiente e contaminação dos alimentos. Os bioáguas do Araripe foram implantados em dez comunidades dos municípios de Granito, Bodocó, Ouricuri, Santa Cruz, Santa Filomena, Trindade e Parnamirim. A iniciativa foi viabilizada através do Projeto ‘Cidadania Ambiental’, do Caatinga, com o apoio do Instituto HSBC de Solidariedade (IHS).
As informações são da assessoria/Foto: Divulgação
Fonte: Blog do Carlos Britto
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