Turbilhão de emoções no primeiro jogo da final do Campeonato Pernambucano. Numa partida eletrizante, o Náutico venceu o Sport por 3 x 2 depois de abrir 3 x 0 no placar dos Aflitos.
O gol de Carlinhos Bala aos 11 minutos do segundo tempo, o terceiro alvirrubro, parecia ter liquidado a fatura na tarde deste domingo. Mas era final de campeonato. Não um jogo qualquer. Quarta-feira, a decisão na Ilha do Retiro promete. O Timbu joga pelo empate. 1 x 0 dá o penta ao Leão.
Alexandre Gallo surprendeu ao escalar três atacantes. Escolha arriscada, audaciosa e precisa. Antídoto perfeito para dominar o previsível esquema de Givanildo Oliveira. Com o gol de Rodrigo Dantas aos 11 da etapa inicial, foi pelo ralo a larga vantagem construída pelo Sport na primeira fase.
O atacante alvirrubro justificou a aposta corajosa do técnico Gallo. A festa em vermelho e branco nas arquibancadas denunciava: a partir daquele instante, o Sport teria que correr atrás do prejuízo.
Engessado, porém, o time rubro-negro se mostrou desnorteado. O gol do Náutico mais pareceu um direto no queixo adversário. Enquanto os rubro-negros não cnseguiam ameaçar a meta de Glédson, velozes alvirrubros pareciam brotar do chão, confundindo a marcação do Sport.
Geílson quase ampliou o placar aos 25. Só mesmo um milagre de Magrão poderia impedir o segundo gol do Timbu. Uma defesa de puxo reflexo com apenas uma das mãos. Magrão só não é santo, apesar dos constantes milagres.
Dois minutos depois, o arqueiro nada pôde fazer no chute à queima-roupa de Bruno Meneghel. O atacante recebeu sozinho na área passe açucarado de Carlinhos Bala e fuzilou.
O 2 x 0 tinha sabor de conto de fadas para o torcedor do Náutico. Pra completar a euforia timbu, confusão envolvendo Eduardo Ramos e Zé Carlos tirou ambos do jogo. Claramente o Spor foi o maior prejudicado com as duas expulsões.
O principal jogador do time estava fora da fora da decisão. Ou melhor, das decisões. O cartão vermelho automaticamente suspende os dois do jogo de quarta-feira, na Ilha.
No intervalo, duas mexidas. Givanildo trocou o zagueiro César pelo meia Ricardinho. Gallo tirou o atacante Rodrigo Dantas e mandou o volante Tinga a campo. Na prática, os times passaram a ter o mesmo desenho tático.
Mesmo assim, o enredo do segundo tempo parecia seguir à risca o do primeiro. Novamente aos 11 minutos, Carlinhos Bala elevou os alvirrubros aos céus. Gol fruto de um contra-ataque mortal.
Antes do 3 x 0, Magrão já havia salvado o Sport com duas defesas. Bruno Meneghel desperdiçou duas grandes oportunidades. Dois pecados. O decorrer do jogo se encarregria de pontuar o tamanho deles.
Mesmo mal, o time rubro-negro encontrou forças para reagir. E o gol de Zé Antônio, aos 22, foi o combustível que faltava. Daí em diante o Sport se transformou, e o Náutico foi quem acusou o golpe. De volta à Terra, o Timbu viu Tobi marcar o segundo gol leonino cinco minutos depois. Reação eletrizante, pressão do Sport no final e título em aberto para quarta-feira.
Náutico 3
Glédson; Derley, Diego Bispo, Vinícius e Zé Carlos; Ramires, Hamilton e Carlinhos Bala; Bruno Meneghel, Rodrigo Dantas (Tinga) e Geílson (Nilson). Técnico: Alexandre Gallo
Sport 2
Magrão; Igor, César (Ricardinho) e Tobi; Júlio César (Ratinho), Zé Antônio, Daniel Paulista, Eduardo Ramos e Dutra; Ciro e Leandrão. Técnico: Givanildo Oliveira
Local: Aflitos
Horário: 16h
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ)
Assistentes: Luciano Cruz e Ubirajara Ferraz
Gols: Rodrigo Dantas (aos 11 do 1º T), Bruno Meneghel (aos 27 do 1º T), Carlinhos Bala (aos 11 do 2º T), Zé Antônio (aos 25 do 2º T) e Tobi (aos 27 do 2º T)
Cartões amarelos: Júlio César, Zé Antônio, Leandrão, Vinícius, Dutra, Daniel Paulista, Carlinhos Bala
Cartões vermelhos: Eduardo Ramos, Zé Carlos
Fonte - Pernambuco.com
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