ARARIPINA

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

COMPESA - REAJUSTE DE ÁGUA SERÁ DE 8,6%


O reajuste na conta de água dos pernambucanos poderá chegar até 8,62%, segundo o presidente da Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe), Ranilson Ramos. Inicialmente, a Arpe tinha defendido um percentual de 7,97%.

No entanto, o aumento poderá variar entre 8,58% e 8,62%, porque o governo do Estado deixou de fora do aumento 284 mil famílias que pagam a tarifa social da água em Pernambuco, além de ter isentado, recentemente, do pagamento da taxa de esgoto 30 mil famílias que fazem parte desse grupo e pagavam pelo serviço.

O aumento só deverá entrar em vigor 30 dias depois que a Arpe homologar o percentual, o que está previsto para amanhã.

Além dos 7,97% defendidos pela Arpe, foram somados mais 0,27 ponto percentual que resultou da isenção da taxa de esgoto para 30 mil famílias da tarifa social, decisão tomada pelo governo do Estado na semana passada.

Hoje, deverá ser publicado um decreto assinado pelo governador que vai dar a isenção do aumento para as 284 mil famílias que pagam a tarifa social, que são as pessoas mais pobres.

“O estudo dizendo o impacto na conta deverá ser concluído amanhã (hoje). Isso pode trazer uma variação de 0,02 ponto percentual a mais ou a menos”, comenta Ramos.

Inicialmente, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) pediu um aumento de 17,24%. A Arpe analisou os números da empresa e chegou a conclusão de que seriam necessários 7,97% para recompor a tarifa da estatal.

Pelo menos desde 2005, a Arpe sempre dá um reajuste menor do que o solicitado pela companhia. Em 2008, a Compesa pediu 18,51% de reajuste, mas a Arpe fixou o aumento da conta de água em 7,31%.

ALTO

O reajuste da conta de água em torno de 8,60% é mais alto do que dois dos principais índices que medem a inflação no País, que são o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que registraram, respectivamente, variações de 4,34% e 4,45% nos últimos 12 meses.

O último reajuste da Compesa entrou em vigor no dia 14 de agosto de 2008. No cálculo da revisão, a Compesa estima o aumento das despesas que tem para prestar o serviço, como a conta de energia elétrica – com alta de custo de 15,62% –, a folha de pessoal, compra de materiais e produtos químicos, calculando um novo preço para a tarifa.

A maior despesa da estatal é a folha de pagamento de cerca de 4 mil funcionários e mais 3 mil terceirizados.

As perdas da Compesa também são altas e são bancadas pelo consumidor pernambucano. De toda a água tratada pela companhia, 56,11% são enquadrados como perda, de acordo com a Arpe.

Fonte-JC

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