O Twitter não se chama mais Twitter. No último domingo (23), o bilionário Elon Musk divulgou um teaser mostrando a transição da marca de pássaro azul para um X, nome com o qual ele rebatizou a plataforma.
Na versão Web do microblog, a mudança já foi consolidada, e o emblemático bichinho já foi substituído. No app, porém, a troca continua sendo liberada aos poucos para os usuários.
Essa era a pá de terra que faltava para que o Twitter deixe de ser a clássica rede social, inaugurada no início dos anos 2000, e se torne cada vez mais a cara do CEO da Tesla. Uma vez que, ao trocar a identidade da marca, que vale milhões de dólares no mercado, o novo símbolo oficial assinala, também, o fim de uma era.
A Era Musk
Desde que Elon Musk comprou o microblog, em 27 de outubro de 2022, a plataforma vem passando por uma série de mudanças, graças às decisões controversas do executivo. Após assumir a chefia da rede social, Musk chegou a demitir 50% dos trabalhadores da rede no mundo todo, decretou o fim do selinho azul por relevância e extinguiu a curadoria que permitia que as hashtags em alta fossem melhor contextualizadas.
Mudanças no algorítimo, perseguição a jornalistas e a insistência para que seus usuários assinassem o Twitter Blue, versão paga da plataforma, também foram marcos do seu legado.
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As concorrentes
Para tentar abocanhar os usuários insatisfeitos com as decisões de Musk, diversas empresas iniciaram uma corrida para lançar suas próprias versões da plataforma. Entre os concorrentes em destaques, estão o Koo, que teve uma adesão massiva de brasileiros, e o Mastodon, além de um microblog criado pelo ex-CEO do Twitter (Jack Dorsey), chamado BlueSky.
Em julho, Musk ganhou mais dois rivais com a chegada do Threads, da Meta - grande aposta de Mark Zuckerberg para criar o que ele chamou de "um ambiente mais saudável" do que o encontrado no Twitter - e o TikTok. A plataforma chinesa anunciou, nesta segunda (24), a adição de uma ferramenta parecida com as rivais.
Apesar da grande quantidade microblogs surgindo na internet, nenhum deles parece ter conseguido convencer os usuários do X a trilhar um caminho sem volta. O próprio Threads, criado por Zuckerberg, sofre com a falta de familiaridade dos usuários a suas ferramentas. Com milhões de adeptos, nos primeiros dias, a rede já enfrenta uma queda de 70% em seu engajamento, com menos de um mês após a estreia.
Se a mudança vai afastar os usuários, só o tempo dirá, mas o novo nome talvez demore mais a pegar do que Musk pretende, já que seus próprios usuários estão chamando a plataforma de TwitterX, sem desapegar totalmente do passarinho azul. https://twitter.com/dougnappa/status/1683557556751421440
Por Katarina Bandeira - Folha de Pernambuco
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