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domingo, 25 de junho de 2017

DATAFOLHA - IMPOPULARIDADE DE TEMER BATE RECORDE

 
A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) após pouco mais de um ano na titularidade bateu um recorde negativo este mês de junho. Pesquisa divulgada neste sábado (24) pelo Instituto Datafolha aponta um índice de apenas 7% de aprovação à gestão do peemedebista, número registrado pela última vez na história há 28 anos, em setembro de 1989, quando o então presidente José Sarney, também do PMDB, vivia o furacão hiperinflacionário, e obteve ínfimos 5% de aprovação. A rejeição ao governo Temer subiu, neste levantamento, para 69%, enquanto 23% a consideraram apenas “regular”. Em setembro de 1989, Sarney recebeu 68% de rejeição e 24% de “regular”.

Esta foi a primeira pesquisa feita pelo Datafolha após a delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS, e a divulgação das gravações da sua conversa com Temer, acusado de anuir para que o empresário comprasse o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lucio Funaro, e também de pressionar o BNDES para beneficiar a JBS em transações com o governo.

Em abril, antes da divulgação das gravações de Joesley, Michel Temer obteve 9% de aprovação entre os brasileiros, segundo o mesmo instituto, que registrou ainda 61% de rejeição, enquanto 28% consideravam a gestão regular. O cenário desenhado para Temer em junho é ainda pior que o registrado para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em abril de 2016, às vésperas da votação no Congresso que decretou seu impeachment. Naquele mês, o Datafolha registrou para Dilma 13% de aprovação e 63% de reprovação. Em agosto de 2015, a petista havia recebido 71% de rejeição. Já em setembro de 1992, o Datafolha registrou para o então presidente Fernando Collor, à época, do PRN, hoje senador pelo PTC – e também às vésperas de enfrentar o impeachment do seu mandato – 68% de rejeição.
A atual pesquisa Datafolha ouviu 2.771 pessoas entre os dias 21 e 23 de junho em 194 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Do Diário de Pernambuco

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