Em sua passagem por Petrolina, no Sertão de Pernambuco, na noite desta segunda-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que se for provocado ele dará uma única resposta à oposição, sua candidatura à presidência da República.
“Para quem sobreviveu ao Sertão, não morreu de sede e nem de fome, não vai ser agora que vão me tirar do jogo. Se eles quiserem reduzir os direitos do povo brasileiro a pó, eu digo: não me provoquem porque eu posso voltar e ser candidato em 2018″, disparou. “Estou calejado e eu vejo direto um artigo dizendo que eles têm medo que o Lula volte”, completou.
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Na ocasião, que começou com três horas e meia de atraso, o petista afirmou ainda que Dilma teria tido seu poder de presidente “assaltado” em Brasília.
“Os caras reuniram uma maioria e assaltaram o poder. Assaltaram por uma maioria muito duvidosa na Câmara dos Deputados. A gente não troca de presidente como troca de roupa. A Dilma tinha três anos de mandato ainda”, acrescentou.
Apesar disso, o ex-presidente disse que a luta “contra o golpe” continuará. “Aqui a Dilma teve 75% dos votos. Se não respeita a democracia, respeite o povo de Petrolina. Respeite o povo do Nordeste”. “Não abaixem a cabeça nunca. Minha mãe dizia: se você baixar a cabeça eles colocam uma cangaia e nunca mais você levanta”, completou.
“Estamos empenhados em tentar convencer senadores a votar contra o impeachment. Precisamos convencer seis. Não para apenas garantir o mandato da Dilma, mas para evitar que os trabalhadores percam direitos que custaram a conseguir”, afirmou.
Durante o evento, Lula ainda criticou a atual situação econômica do Brasil, que segundo ele, “desandou” com a saída de Dilma. Para ele, a economia “só será recuperada pela parte mais pobre da população”, mas para isso, é preciso que o Estado “gaste um pouco de recurso com ela”.
“Eu tenho dito para a companheira Dilma: ‘Sabe quem vai salvar este País? A União não tem dinheiro para fazer investimento e não está arrecadando, os estados estão todos quebrados, sem dinheiro para pagar os professores, as prefeituras estão quase todas quebradas e não sabem se irão pagar o 13º dos funcionários, os bancos não querem emprestar dinheiro, os empresários não têm confiança nos políticos e não fazem investimento. Se eles não podem investir, quem ‘diabos’ vai fazer a economia brasileira crescer”, questionou.
“Eu colocaria dinheiro na mão do povo pobre, porque se a gente colocar uma política de financiamento de R$ 500 para as pessoas esse dinheiro não virar dólar nem conta bancária, vai virar comércio no dia seguinte e vai gerar desenvolvimento e vai gerar a economia brasileira”, completou o petista que ainda cumprirá agenda em Pernambuco nesta semana.
Por Daniele Monteiro/
Do portal FolhaPE
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