Em Exu, no Sertão do Araripe, muitos moradores estão procurando as unidades de saúde e hospitais da cidade. Eles têm reclamado dos mesmos sintomas e o diagnóstico é geralmente de Dengue e chikungunya e do vírus da zika, três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
No Hospital José Pinto Saraiva, a movimentação é grande de pessoas aguardando atendimento. A dona de casa Risalva Olímpio aguardava na fila. “Estou com febre, vômito, tontura e sentindo o corpo todo inchado”, relata. A autônoma Cristina Rocha passa por uma situação semelhante. “Eu estou sentindo dor no corpo, vomitando, tontura e enjoada”.
O diretor clínico do hospital, Jean Saraiva, disse que a demanda de pacientes aumentou bastante em relação ao ano passado. “Era uma demanda em média de 60 atendimentos por dia. Hoje, nós estamos numa demanda extrapolada de 270 atendimentos. Nós tivemos que duplicar a escala médica, tivemos que colocar um reforço no pessoal do material de limpeza, enfermagem, técnico de enfermagem, enfermeiro, e junto com isso, vem os elevados gastos com medicação.
No ano passado nós gastávamos em torno de R$30 mil reais e hoje nós estamos na escala de R$70”, explica. O último levantamento que aponta o índice de infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti deu 7,5% no município. De acordo com o Ministério da Saúde, acima de 4% já existe risco de surto das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
O coordenador municipal de vigilância em saúde de Exu, Fernando Parente, informou que o município tem muitos casos de Dengue e registros de dengue e chikungunya. “Nós tivemos 841 de notificações para dengue, 23 para chikungunya e duas para o vírus da zika, além de 12 casos notificados de microcefalia”, ressalta.
Os trabalhos de combate ao mosquito foram intensificados em Exu. “Os trabalhos de conscientização vem sendo realizados nas escolas com palestras, rodas de conversa e debates com pais, professores e alunos. Existe também a realização dos mutirões por bairro que estão sendo realizados e alguns bairros estão recebendo limpeza com retirada da sujeira e de entulhos”, argumenta o técnico do Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) de Exu, Raimundo Saraiva.
Fonte - G1 Petrolina e Região
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