Na tarde da última quinta-feira, 30 de julho, foi realizado o lançamento estadual do I Congresso Nacional do MPA na capital pernambucana, Recife. Na oportunidade se fizeram presentes, representantes de sindicatos da educação, movimentos sociais e parceiros, bem como, camponeses e camponesas, reafirmando a aliança camponesa e operária por soberania alimentar. Regado de muita mística, poesia e animação o ato faz parte do processo de preparação ao I Congresso Nacional do movimento, que será realizado nos dias 12 a 16 de outubro deste ano em São Bernardo do Campo, São Paulo, no berço da luta sindical e operária.
Claudeilton Luiz de Oliveira, dirigente nacional do MPA, lembra que a “conjuntura atual deixa claro que a força dos movimentos sociais provoca uma situação de acirramento, colocando-nos o desafio de buscar a unidade na diversidade e dar o passo seguinte do tamanho que a realidade aponta. Esse passo, só será possível se entendermos a dimensão do Plano Camponês na aliança camponesa e operária por soberania alimentar”. O dirigente pernambucano ressalta ainda “que a aliança operária e camponesa e dada pelo alimento como elo de ligação entre o camponês e o operário, nesse sentindo o alimento é muito mais que comida é poder, é economia e sem dúvida, o símbolo que possibilita aproximação do campo e a cidade de forma organizativa”, afirma Claudeilton.
Já o representante da CPT/Nordeste, Plácido Junior, reforçou “o desafio de se manter vivo e manter os outros vivos, porque no Brasil não é fácil se manter, o povo brasileiro é exilado no seu próprio país, estamos condenados a sumir do mapa, o nosso Estado anti-camponês, porém se nos manter vivos e vivas, vamos poder alimentar o povo na cidade. Produzir alimento e alimentar os trabalhadores urbanos, é a maior aliança” afirma Placido. Seguido por Rafaela Alves, da direção nacional do MPA, que reforça “o amor pela luta camponesa desenvolvida pelo movimento em todo o país, a importância da presença da juventude na construção do movimento e a animação como elemento fundamental”, destaca ela.
Por sua vez, Graça Oliveira, coordenadora geral do SINDSEP, reforçou a importância da composição do MPA ter base jovem e feminina, “a luta é essencial para conseguir melhorias pois é necessário fazer a mudança para transformar essa forma de vida que está pautando a sociedade atual, é preciso força e coragem, para seguir em frente, trabalhadores do mundo uni-vos”, finaliza Graça que aproveitou a oportunidade e colocou-se a disposição para construção da luta afirmando o congresso.
O evento também representou a força dos povos do campo, da terra, das florestas e das águas, enfim, a diversidade, pois não há quem padronize o povo brasileiro. Sem esquecer, que é o jeito de ser de cada um em seus mais diversos espaços de vida é que vai dizer quais o desafios que o congresso vai pautar. Onde também reforçou-se a importância dos movimentos parceiros nesse processo de fortalecimento, entendendo que ambos tem algo em comum que é a luta pelo projeto de sociedade sem exploração.
De Agência
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