Sob aplausos, o corpo do cinegrafista Marcelo Lyra foi sepultado no fim da tarde deste domingo (17) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Lyra foi uma das sete vítimas do acidente aéreo que matou também o ex-governador de Pernambuco e candidato a presidente Eduardo Campos (PSB) e deixou uma filha, Duda, e um menino de poucos meses de vida. A menina assina um cartaz colocado em um dos skates levados para homenageá-lo, "Valeu, papai".
Os restos mortais do cinegrafista chegaram ao Recife na noite desse sábado (16) e, ao contrário dos outros três pernambucanos, velados no Palácio do Campo das Princesas, no Centro da capital, seguiu direto para o cemitério. Na capela, a família e amigos se reuniram em homenagens e orações neste domingo (17).
Eram 17h23 quando o caixão começou a ser transportado para o túmulo, trajeto feito com os amigos aplaudindo Marcelo Lyra. A esposa dele, a atriz Paulina Albuquerque, esteve serena durante o velório do marido, usando um boné e carregando skates em referência a ele. Porém, no momento em que o sepultamento era feito, não conteve as lágrimas, escondendo o rosto no boné. Como se quisesse eternizar o marido, se ajoelhou próximo ao túmulo e pediu um celular para tirar uma foto do caixão.
Jornalistas e companheiros de profissão de Lyra, além de artistas como o cantor Silvério Pessoa e a atriz Hermila Guedes estiveram na cerimônia de sepultamento.
Familiares do cinegrafista assistiram ao enterro de mãos dadas, tentando transmitir forças uns para os outros. O choro silencioso dos amigos terminou com um grito do fotógrafo Helder Tavares, que também atua na campanha socialista em Pernambuco. "Obrigado, Lyra!". Mais aplausos foram dados para ele.
Então, a cerimônia acabou. Amigos e parentes se abraçaram. "Salve Lyra" era o grito deles, tentando sorrir ao relembrar expressões que o cinegrafista costumava dizer.
Do NE10
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