Debruçada sobre o canteiro, Zeneide colhe coentro e cebolinha, ao lado, no galinheiro, separa a ave que vai pra panela e já na cozinha leva ao fogo a mandioca que fará parte da refeição do almoço. A mesa farta não se parece em nada com aquela na qual antes faltava alimento.
“Os tempos são outros”, conta a agricultora. Ela, o marido Francisco e mais três filhos vivem da agricultura familiar no sítio Estância, no município de Exu e já enfrentaram muitas dificuldades no passado. “Não tínhamos onde guardar a água, dependíamos da ajuda dos vizinhos e havia pouca comida em casa” diz Francisco.
A família é acompanhada pela assessoria da ONG Chapada através do Plano Brasil Sem Miséria (PBSM), desenvolvido em parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome (MDS). O projeto viabiliza o desenvolvimento de uma atividade produtiva rural, no caso da família de Zeneide, foi a ampliação do galinheiro. Hoje a comercialização de galinhas e a venda de ovos na propriedade do casal ajuda no incremento da renda e assegura a qualidade da alimentação.
Desde 2012 a ONG Chapada já beneficiou através do PBSM, somente no município de Exu, mais de 320 famílias por meio da assistência técnica rural, realizando o diagnóstico das famílias, o planejamento produtivo e promovendo capacitações voltadas para o associativismo, agroecologia e políticas públicas junto às comunidades rurais. O fruto deste trabalho é a autonomia, segurança e soberania alimentar das famílias sertanejas.
Uma destas famílias é a de Zeneide, além da criação de galinhas, foi possível investir na produção de hortaliças, árvores frutíferas e na ampliação do cultivo da mandioca. A água para produzir veio com a aquisição da cisterna – calçadão, com capacidade para 52 mil litros de água, a tecnologia tem auxiliado na captação e armazenamento da água, uma conquista alcançada através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semiárido em parceria com a Petrobras.
Segundo Zeneide, entre as conquistas mais importantes está o aprendizado, adquirido com as capacitações, participações em intercâmbios de experiências e na adaptação das práticas produtivas de convivência com o Semiárido.
Carolina Barros - DRT-CE - 2496
Assessoria de Comunicação APNE
Um comentário:
Parabéns a ONG CHAPADA pelos trabalhos desenvolvidos com as famílias agricultoras do Semiárido Brasileiro.
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