ARARIPINA
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
TENTATIVA DE FRAUDE - SDS CONCENTRA INVESTIGAÇÃO NO CONCURSO DA PM
A Secretaria de Defesa Social (SDS) decidiu concentrar a investigação policial sobre as tentativas de fraudes cometidas durante a primeira fase do concurso da Polícia Militar de Pernambuco, no último domingo. Ontem, a chefia de Polícia Civil divulgou que os inquéritos serão realizados pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Administração e Serviços Públicos, que já iniciou a apuração. Também ontem, candidatos do concurso protocolaram mais 20 denúncias de irregularidades no Ministério Público (MPPE), que investiga o processo.
Até agora, são 32 denúncias apresentadas à instituição. O MPPE formaliza a instauração de um procedimento investigatório até a próxima segunda-feira. O caso está nas mãos do promotor Eduardo Cajueiro, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público. Hoje, a partir das 10h, os candidatos pretendem fazer uma passeata pelo Centro do Recife para sensibilizar o Estado e o MPPE a anularem o concurso.
Entre as denúncias apresentadas ao Ministério Público, mais casos de pessoas vistas ‘colando’ nos banheiros, envelopes de provas sem estar lacrados e oferta de venda de gabaritos. Mesmo sem ter provas concretas, alguns candidatos relataram o caso de três pessoas que teriam pago R$ 2 mil cada uma para receber o gabarito no último domingo. Uma delas teria recebido a dica, através de uma mensagem de celular, mas as outras ficaram no prejuízo. Até uma prova original foi apresentada.
“São muitos os indícios de irregularidades e fraudes. Esse discurso do Estado e da comissão organizadora de que houve apenas tentativa não se confirma. Não tem como esse concurso não ser anulado. Enquanto isso não acontecer, não vamos sossegar”, garantiu a candidata Aline Suzi Figueiredo. Um grupo vem distribuindo panfletos de convocação para as pessoas que viram irregularidades ou estão se sentindo prejudicadas com a desorganização para que compareçam ao Curso Líder, no Centro.
Ontem, muitos dos candidatos que estiveram no local para formalizar as denúncias e apresentá-las ao MPPE estavam indignadas com a desorganização. “As pessoas que estão aqui acertaram a maioria das questões. Estão denunciando porque discordam da bagunça que foi o concurso, não porque serão reprovadas”, afirmou Juliana Cruz, também candidata.
AUTUAÇÕES
Ontem, a delegada Vera Freire, que ficará à frente das investigações, explicou que já tem em mãos dois casos de tentativa de fraude. A Polícia Civil teria autuado oito pessoas no último domingo, todas do interior, pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e falsificação de documento público.
“Já chegou para mim um flagrante de uma pessoa que fazia a prova no lugar de outra e um boletim de ocorrência de um candidato que entrou com celular. Estamos investigando, mas ainda é cedo para dizer, por exemplo, se há uma quadrilha por trás de todos os casos. Até porque situações do tipo são sempre comuns em concursos públicos”, argumentou a delegada.
Fonte-JC
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