ARARIPINA

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terça-feira, 21 de abril de 2009

POLÍTICA - TEM COELHO CONTRA O CHAPÉU NO SERTÃO


O anúncio feito pelo governador Eduardo Campos (PSB) de que vai implementar a nova versão do Programa Chapeu de Palha, no Sertão do Estado, incluindo Petrolina, desagradou ao membro da bancada governista da Assembleia Legislativa, deputado Geraldo Coelho (PTB).

O petebista reclama da interferência do governo socialista, por entender que o programa pode inibir o interesse de investimentos feitos na cidade. Para ele, Petrolina sempre esteve em situação de crescimento. “Não sou contra o governador, mas gostaria de ver o governador colocar o ‘chapeu Panamá’ “, disse Geraldo Coelho.

Ainda nesta semana, a matéria será colocada em votação na Alepe. “Votarei contra o Chapéu de Palha”, avisou. O deputado acredita que o programa é voltado exclusivamente aos municípios em estado de crise econômica aguda. Ele reafirma que o próprio Ministério do Trabalho pode comprovar que os índices de desemprego não tiveram aumento na cidade, por isso não vê necessidade da intervenção no município.

A queda nas exportações da última safra de uvas, um dos produtos mais vendidos ao mercado externo, foi explicada pelo deputado. “Houve uma coincidência. Ao mesmo tempo que aconteceu uma super safra na Califórnia (EUA), que disputa o mercado internacional conosco, tivemos também a especulação no meio dos produtores que provocou um rápido desemprego. Mas os trabalhadores ficaram assegurados com seguro-desemprego e isso já foi contornado”, lembrou.

Porém, será difícil o deputado encontrar aliados para impedir a aprovação da matéria. Apesar de pertencer ao PSDB, o deputado Raimundo Pimentel já declarou explicitamente apoio a Eduardo Campos. O tucano é sertanejo de Araripina e defende o Chapéu de Palha na região.

“Para o momento que atravessamos é importante a intervenção, mas acredito que não pode ser uma ação perene. Devemos manter o programa até a superação da crise”, afirmou. O Chapéu de Palha visa contemplar oito mil famílias de camponeses desempregados pelos efeitos da crise, no Sertão do São Franciso.

JAIRO LIMA - FOLHAPE

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