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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR EM PERNAMBUCO - SAIBA AS VANTAGENS DE ENTRAR NO MERCADO


A utilização de energia solar, além de uma medida que reduz a quantidade de poluentes no meio ambiente, também traz economia para o consumidor. Diante desses fatores, Pernambuco atingiu recentemente a marca de 1 gigawatt (GW) em potência instalada nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Ainda de acordo com a Absolar, a geração própria de energia solar em Pernambuco já ultrapassa R$ 5 bilhões em investimentos acumulados. Com isso, o estado possui mais de 109 mil conexões solares em residências e empresas, que abastecem mais de 192 mil unidades consumidoras na região. Segundo mapeamento da Absolar, o segmento de geração própria de energia solar já garantiu ao estado a geração de mais de 32 mil empregos e uma arrecadação de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos.

Já na geração de energia solar distribuída, Pernambuco ocupa atualmente a terceira posição no Nordeste e a 13ª no país. De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis) Rudinei Miranda, o estado tem potencial para crescer ainda mais. “Temos condições estratégicas para ampliar nossa capacidade e consolidar Pernambuco como referência no cenário nacional”, afirma.

FONTE RENOVÁVEL

Rudinei Miranda explica que a maior vantagem no uso da energia solar é a redução de poluição e da emissão do CO2 na atmosfera. "A pauta principal é reduzir o impacto ambiental que as fontes não renováveis já fizeram por muitos anos e a gente agora tem uma grande chance de reverter isso”.

MODALIDADES DE CONSUMO

No grupo residencial, uma das modalidades que podem ser utilizadas é a contratação do próprio sistema para o autoconsumo. Nesse caso, o consumidor é dono da própria usina, que ele contrata e instala.

Rudinei Miranda detalha também que existe a modalidade do autoconsumo remoto, quando não há espaço para instalação do sistema na própria residência e a estrutura é instalada em outra casa. “Essa energia pode ser compensada. Pela regra, é possível fazer a instalação em um local e essa energia excedente ser compensada via crédito, desde que seja no mesmo CPF”.

Já a geração compartilhada ocorre quando uma usina destina parte da energia gerada para um cliente, oferecendo a ele um desconto. “Como o cliente não teve o investimento na usina, então ele vai receber cerca de 20% de desconto. Esse é um modelo interessante, porque o cliente não vai investir nada. Porém, quando o consumidor investe na própria usina, ele chega a ter até 90% de desconto”, explica o presidente da Aperenováveis.

Existe ainda uma outra categoria, o mercado livre de energia. Nesse caso, o consumidor pode escolher a empresa supridora de energia, por meio da contratação de uma comercializadora ou geradora de energia e pode negociar os preços e prazos. No Brasil, essa opção só é permitida para clientes de alta e média tensão, que consomem acima de 500 quilowatts (kW), de acordo com a Portaria Normativa Nº 50/2022, do Ministério de Minas e Energia.

MERCADO LIVRE DE ENERGIA

Dentro desse mercado está a Kroma Energia, primeira comercializadora de energia do Nordeste, que tem como especialidade o Mercado Livre de Energia. Atualmente, o consumidor residencial ainda não tem acesso ao Mercado Livre de Energia. Esse sistema está disponível apenas para as unidades consumidoras de média ou alta tensão, que fazem parte do grupo A, ou que possuem transformador de energia próprio para o seu negócio. Esse tipo de consumidor possui contas a partir de R$ 5 mil.

De acordo com o gerente comercial da Kroma Energia, Marcílio Reinaux, além da economia de até 40% no valor da fatura mensal, o cliente do mercado livre fica independente das taxas cobradas com as mudanças das bandeiras tarifárias.

“Outro benefício que uma empresa tem hoje no Mercado Livre de Energia, é a questão da não variação da tarifa de energia nos horários de ponta e fora da ponta. O horário de ponta é entre 18h e 21h, onde há grande volume no sistema, ou seja, muita gente está puxando energia do sistema interligado nacional”, explica.

ENERGIA SOLAR EM CONDOMÍNIOS

Nos condomínios, a transição de energia elétrica para energia solar também se tornado bastante comum. Em Pernambuco, uma das empresas que atua nessa área é a Ekosolarne.

O diretor comercial da empresa Ekosolarne, Felipe Lemos, explica que a empresa com 7 anos que atua com sistemas de energia solar on grid, que são paineis solares conectados à rede de energia da Neoenergia. Com isso, o cliente pode produzir energia e quando ele gera mais do que gastou, recebe um crédito.

Com mais de 1.200 instalações entregues, Felipe Lemos conta que a empresa atende desde o consumidor residencial que paga R$ 300 na conta, até empresas de médio porte, com contas de até R$ 15 mil reais. “Atualmente, para o nosso serviço, que é a instalação de painéis solares, o cliente precisa somente de um local, como um terreno, onde possui energia elétrica, já que o sistema é conectado à rede da concessionária”, afirma.

A instalação de sistemas solares em condomínios não engloba os apartamentos, é direcionada às áreas comuns do prédio e a redução do valor pelo consumo pode chegar até 97%. Além disso, entre outros benefícios, os condomínios podem reduzir a taxa condominial e investir em outros benefícios para os moradores.

“Os condomínios estão percebendo que já existe a linha de crédito, onde é possível pagar menos que na conta de energia convencional, gerando assim uma economia direta para o consumo de energia nas áreas comuns do condomínio. Temos o caso de um condomínio no bairro Piedade, que pagava cerca de R$ 9 mil de conta de luz, e com o sistema de energia solar passou a pagar R$ 300 reais”, contabiliza Felipe Lemos.

Por Thatiany Lucena - Diário de Pernambuco

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