No próximo dia 27, o Governo do Estado irá retomar o canal de negociações com representantes dos sindicatos das forças de segurança do Estado. A data foi definida, nesta terça (20), após reunião de uma comissão de deputados estaduais com o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, no Palácio do Campo das Princesas, a sede do Executivo Estadual.
O anúncio da retomada do canal de diálogo vem após recentes mobilizações das categorias, inclusive, com a ameaça de greve no Carnaval feita pelo Sindicato dos Policiais Civil de Pernambuco (Sinpol-PE).
A entidade sindical chegou a determinar em assembleia geral, no dia 24 de janeiro, a paralisação das atividades por 24 horas, alegando a falta de diálogo por parte do Governo do Estado com os profissionais.
Na reunião desta terça que resultou no agendamento da nova data de negociações, participaram os parlamentares Gleide ngelo (PSB), Eriberto Filho (PSB), Joel da Harpa (PL), Mauro Ricardo (Republicanos) e Renato Antunes (PL).
“Além da pauta salarial, o grupo também tratou sobre outras reivindicações da categoria como atualização do Plano de Cargos e Carreiras e a contratação de novos policiais, entre outros assuntos”, disse o Palácio do Campo das Princesas em nota.
Ainda segundo o governo, “gestão estadual já divulgou edital de concurso para a Polícia Civil, com um total de 445 vagas em cargos de agente, escrivão e delegado. Já o certame da Polícia Científica, terá seu edital divulgado ainda no primeiro semestre de 2024, com 214 vagas”, acrescentou em nota.
Sinpol pediu para Alepe intermediar conversas
Um dia antes da reunião que definiu a data para a retomada das negociações entre o Governo do Estado e as categorias de polícia, uma comissão de representantes de quatro sindicatos se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), para solicitar que o legislativo intermediasse nas tratativas de negociações com a gestão estadual.
Durante o encontro com o chefe do legislativo, o presidente do Sinpol-PE, Áureo Cisneiros, entregou uma lista de reivindicações pleiteadas pela categoria.
“Estamos pautando a questão da reestruturação da Polícia Civil, da padronização das unidades policiais, pois muitas delas estão em situação precária, além de problemas crônicos de plantões a que somos submetidos e a questão salarial. Pernambuco é o que paga o pior salário de um agente no País. Precisamos de um entendimento nessas questões. Estamos querendo avançar e ajudar no Programa Juntos Pela Segurança para reduzir os índices da criminalidade, mas para isso precisa reestruturar a Polícia Civil. Caso as negociações não avancem, não descartamos novas assembleias e possíveis novas paralisações”, destacou.
Por Wilson Maranhão - Diário de Pernambuco
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