Bem ao contrário do que os desavisados imaginavam, as motivações de afagos e lágrimas derramadas pelo ex-presidente Lula sobre o ombro de Marília, em manifestação recente em São Paulo, já são coisas do passado. Isso porque as condições dos socialistas para apoiar o ex-presidente, são de que ele chegue o quanto antes em Pernambuco, para arrebentar com os dois pés, o projeto da arquirrival e pré-candidata ao governo do Estado.
Como já é sabido, a cúpula PSB/PT reuniu-se há poucos dias na capital paulista e ficou selado que, os interesses socialistas por aqui não passam por sentimentalismo e que, em relação à Marília é “mão na cara e pé no bucho” e que ela precisa ser retirada do caminho deles, custe o que custar e ‘não se fala mais nisso’.
Ora, diante disso, Lula que nunca morreu de amores por correligionários e por ninguém – como se sabe, há rumores os mais sombrios e escabrosos possíveis, em relação a correligionários do passado – não titubeou ao dizer que já poderiam agendar o desembarque dele, com bandeirolas portando fotos de Arraes e Eduardo Campos e, se possível, até com indumentárias juninas, ao som dos mais estridentes clarins carnavalescos de Olinda, tudo em grande estilo. E não só isso. Que a cobertura jornalística relembre os bons tempos de quando Lula era “Lula Lá”, paz e mor. Tudo isso para mostrar que, ao contrário do que dizem as pesquisas, Danilo Cabral será eleito é já no primeiro turno. Afinal, com presença do Lula, até um poste seria eleito.

Se tudo isso não for suficiente para fazer cair a ficha de Marília, haverá duas situações. Das duas uma: Ou ela faria corpo mole, tornando-se moeda de troca num baita conchavo nacional PT/PSB/Solidariedade (para dar sobrevida a Danilo) OU a pré-candidata chutará o pau da barraca indo ao tudo ou nada. Para isso precisará “cozinhar o galo” até que cheguem as convenções. Sim, porque qualquer rompante neste momento lhe ensejara a velha e solene puxada de tapete. Ela não seria candidata. Qualquer ato de “bravura e altivez”, só deve ser feito após o período das convenções, devidamente homologada pela Justiça Eleitoral.
Marília já conseguiu rachar o PT. Marília amealha uma penca de lideranças que a todo instante posam na foto, em manifestação de apoio à ela. Marília sabe que é a bola da vez. Conta com uma brutal rejeição ao candidato do Governo. Marília está na moda. Mas nada disso terá servido de nada, se ela deixar o cavalo passar selado. Terá que dizer a Lula que a espere em 2023, caso ele seja eleito (afinal ninguém subestime o poderio da “máquina”, existente à disposição de Bolsonaro), abrindo mão do espírito de altivez, em relação a Lula. Ou corta o cordão umbilical com Lula ou pisarão no pescoço dela, com faca na caveira e com todos os requintes de crueldade, em se tratando de vida pública.
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