A campanha municipal já começou em Araripina, capital do gesso, a mais de 600 km do Recife. Na última sexta-feira, mesmo tendo maioria na Câmara, o prefeito Raimundo Pimentel (PSL) não conseguiu o sinal verde do Legislativo para contrair um empréstimo de R$ 4,5 milhões à Caixa Econômica Federal.
Os recursos seriam destinados à compra de equipamentos agrícolas, como patrol, retroescavadeira, motos, veículos para fiscalização do trânsito e de obras, varredeira mecânica e três caminhões compactadores para coleta de lixo, além de ambulância, micro-ônibus, equipamentos para assistência da saúde nas unidades do Conjunto Nossa Senhora do Carmo, Serra da Torre, Centro de Saúde e Nascente II. Também equipamentos para fisioterapia no Centro de Saúde.
O prefeito conta com nove dos 15 vereadores da Casa, mas mesmo assim prevaleceu a má-vontade da oposição. "Não se trata de má-vontade, mas de má-gestão", reage o empresário Tião do Gesso, pré-candidato a prefeito, que deu sua ajudinha para derrotar o projeto.
“Não consigo entender a razão dos vereadores da oposição. O município passou 18 anos com ficha suja no Cauc, que é a Serasa municipal, e só limpou graças ao ajuste fiscal feito por Pimentel", desabafa o presidente da Câmara, Evilazio Mateus, aliado do gestor.
Tião do Gesso contradiz e ressalta que o prefeito não pode reclamar da falta de recursos, porque teria recebido R$ 450 milhões nos últimos três anos e não conseguiu imprimir uma marca em seu "desgoverno".
Para o presidente da Câmara, a oposição votou contra os interesses do povo, tendo em vista que já sabia da destinação dos recursos devidamente informados na mensagem à Câmara. "O intuito foi derrotar o prefeito e antecipar a campanha, mas eles derrotaram o povo", desabafa Mateus.
"Contra fatos não existem argumentos. Raimundo Pimentel teve à sua disposição e gastou em menos de três anos mais de R$ 430 milhões e, mesmo assim, a cidade continua abandonada. Portanto, não é falta de dinheiro, mas de gestão", alfineta Tião do Gesso.
"O prefeito alagoano se perdeu quando entregou o poder a turma desaprovada de Petrolina e Cabrobó. As obras prometidas não chegaram, e através dessa turma de fora, somente as taxas altíssimas de iluminação pública e IPTU batem à porta dos araripinenses todos os meses", acrescentou.
Para Tião, Pimentel se transformou num grande cobrador de impostos, gerando a maior decepção administrativa de todos os tempos em Araripina.
"E agora, para justificar toda essa incapacidade administrativa e desorganização política, o prefeito quer transferir para os vereadores de oposição a responsabilidade da sua administração desastrosa por não ter aprovado o empréstimo milionário", disse Tião.
Fonte - Blog do Magno
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