Familiares, amigos e companheiros de magistrado se despediriam do desembargador Luiz Belém de Alencar, na manhã deste domingo (31). O velório foi realizado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Após a cerimônia o corpo de Luiz Belém foi cremado. Deixando cinco filhos e a viúva Inês Nairlê Arrais Belém de Alencar, 83 anos, o desembargador é lembrado como um homem justo e íntegro tanto do campo profissional quanto do pessoal.
"Cada pessoa que está aqui foi tocado pelas ações dele ao longo da vida, como homem simples e que muito me orgulha. Costumo dizer que a grandeza do meu pai é como um grande guarda-chuva, que amparou muitas pessoas e sua sombra sempre cabia qualquer pessoa que precisasse. Ele tem uma história irreparável, cuja honestidade, caráter sempre foi para os filhos, uma obrigação”, declarou Rômulo Belém, filho de Alencar.
Para seu sobrinho, o médico Jânio Alencar, todos se espelhavam na conduta do desembargador. "Não temos como dimensionar o que ele representou para todos nós. Íntegro, foi um homem que soube honrar os valores da família e trabalhou de forma humanizada para ajudar a todos", relatou.
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Após dois longos anos de luta contra um câncer de esôfago, o desembargador morreu aos 89 anos, dois meses antes de completar 90. Natural de Araripe, na divisa entre o Ceará e Pernambuco, o cearense de família tradicional chegou à capital pernambucana ao final de 1968, para o cargo de promotor público. O exímio magistrado passou por diversos setores na área jurídica do Estado, finalizando seu período de contribuição no ano de 1998, quando se aposentou do cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Adalberto de Oliveira, ressaltou o legado de justiça que serve de inspiraçãopara muitos profissionais, principalmente das novas gerações. “Ele era muito produtivo e preocupava-se com os problemas existentes sempre ao seu tempo. Nos resta agora desejar que ele seja acolhido por Deus”, afirmou. O desembargador também atuou como secretário de estado, sendo Procurador Geral da Justiça. Eleito desembargador, desempenhou papal importante na Secretaria de Justiça, foi presidente do Antigo Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Pernambuco Ipsep e Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O diretor Operacional da Folha de Pernambuco, Américo Góis, também esteve presente no último adeus ao desembargador Luiz Belém de Alencar. "Ele deixa um imenso legado de honestidade, sempre serviu a causa pública, mas sem servir-se e fez história na Justiça de Pernambuco", declarou.
Fonte - Folha de Pernambuco
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