O segurança da loja foi responsável pela agressão que resultou na morte do cãozinho 'Manchinha', no dia 28 de novembro, na loja do Carrefour de Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo. Essa é a conclusão do inquérito encerrado nesta terça-feira, 18, pela Delegacia do Meio Ambiente do município. Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), o relatório foi enviado ao Juizado Especial Criminal "com indicação de autoria ao segurança do mercado". A promotoria decidirá se aceita a conclusão e encaminha o caso à Justiça.
O segurança, que não teve o nome divulgado, deve responder em liberdade pelo crime de abuso e maus-tratos a animais, que é considerado de menor potencial ofensivo, ou seja, mesmo que seja condenado, ele não irá para a prisão. Conforme a SSP, mais de 20 pessoas foram ouvidas durante a investigação e "foi constatada como causa da morte hemorragia provocada pela lesão sofrida".
Ao ser ouvido, o segurança admitiu que usou uma barra metálica contra o animal, porém negou a intenção de ferir ou matar o cachorro. Relatório do Centro de Zoonoses de Osasco apontou o sangramento como causa da morte. O corpo do animal foi cremado.
A morte do cãozinho gerou uma onda de protestos contra o Carrefour. No dia 8 de dezembro, uma manifestação levou cerca de 2 mil pessoas à loja, que acabou fechando durante o protesto. O animal foi abandonado pelo dono e vivia há algum tempo no local, onde era alimentado pelos clientes e funcionários. Dócil, o cãozinho perambulava pelos corredores e, segundo os relatos, "não incomodava ninguém".
No dia da agressão, o segurança foi filmado enxotando e agredindo o cão com o uso de uma barra metálica. Com o animal já ferido e sangrando, funcionários da Prefeitura laçaram e recolheram o cão ainda com vida, mas ele não resistiu.
Em nota, o Carrefour reiterou que acompanha as investigações e que colabora com as autoridades para que o caso seja elucidado o mais rápido possível. "Reforça ainda que segue estruturando com diversas ONGs e entidades iniciativas em prol da causa animal, parte delas já anunciada pela empresa", diz a nota.
Da Agência Estado
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