ARARIPINA

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quinta-feira, 16 de junho de 2016

PETROLINA - MPPE DETALHA ATUAÇÃO DE SEIS PROMOTORES NO CASO BEATRIZ

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se pronunciou nesta quarta-feira (15) sobre a atuação em conjunto de seis promotores de Justiça na investigação do caso da menina Beatriz Angélica Mota, de sete anos, morta a facadas no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no dia 10 de dezembro passado. Com a presença do procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos Guerra de Holanda, a coletiva de imprensa foi realizada na sede da Promotoria de Justiça de Petrolina e contou com a participação dos seis promotores que investigarão o caso: Carlan Carlo da Silva, Ana Rúbia Torres, Júlio César Soares Lira, Lauriney Reis Lopes, Bruno de Brito Veiga e Rosane Moreira Cavalcanti.

Em sua fala, o procurador-geral de Pernambuco disse que o intuito da formação do Grupo de Trabalho é dar uma maior assistência e atuar 24 horas por dia. “O Ministério Público de Pernambuco está atento, está aqui, estamos juntos, para que possamos fazer um trabalho, juntamente com os demais órgãos de investigação, no intuito de esclarecer a autoria deste fato criminoso que vitimou a menor Beatriz. O grupo de trabalho se faz necessário, na composição de vários promotores, para que o MP possa dar assistência 24 horas, tendo conhecimento dos fatos. Quero esclarecer que, uma investigação tem hora para começar, mas não tem hora para terminar. Um pequeno detalhe você elucida um crime, aparentemente de difícil elucidação. Todos os promotores têm vasta experiência, que conhecem a cidade. A pedido deles, nós resolvemos criar esse grupo de trabalho. Não é coisa rara dentro do MP, é muito comum a gente unir forçar para lograr êxito em determinadas investigações”, explicou Guerra.

O promotor Carlan Carlo agradeceu o apoio e a confiança do procurador-geral e disse que a investigação ganhou fôlego. Ele garantiu que o MP fará seu papel. “fazer o papel do Ministério Público, neste aspecto, é garantir a legalidade, garantir o respeito aos direitos humanos e às instituições democráticas. Atuar com todo respeito à legalidade, mas com toda força no sentindo de chegar ao resultado, que é desvendar esse crime bárbaro, que chocou toda a sociedade petrolinense. A formação [do grupo] traz esse acréscimo, essa força. O objetivo central é trazer mais fôlego para desvendar esse crime”, comentou Carlan.

Atuação

Já o promotor Júlio César Soares Lira detalhou os primeiros passos a serem tomados pelo grupo. Entre as ações, ele disse que é necessário, primeiramente, conhecer todos os detalhes do inquérito – que ainda não foi concluído, além de manter contato direto com os pais da menina, Lúcia Mota e Sandro Romilton, que estavam presentes e se reuniram com os promotores logo após o término da coletiva.

“O primeiro passo é conhecer as provas até então produzidas pelo delegado, pois é preciso que nós tenhamos um nivelamento a respeito das provas que já foram produzidas. Estamos nessa fase, mas devemos concluir até o final desta semana”, informou.

Perguntado se a atuação do MPPE tinha deixado a desejar, visto que só agora, seis meses após o crime, foi criada a força-tarefa, Júlio César garantiu que não se trata de um reconhecimento de falhas, e sim de simplesmente dar uma resposta à sociedade. Ele ainda garantiu que Carlan Carlo faz parte das investigações desde o início.

Ao comentar sobre a apuração dos fatos pelo Ministério Público, Júlio César esclareceu que o órgão não é o protagonista na busca das provas do crime, mas a Polícia Judiciária está bem próxima de encontrar os autores do crime. “O Ministério Público é receptor da prova produzida pelo delegado de polícia. O papel do Ministério Público não é de protagonismo na busca da prova. O ministério Público é receptor dessa prova, para quando nós encontramos os verdadeiros culpados, dentro dessa barbárie, de nós atuarmos de forma incisiva para alcançar, também, uma eficácia desse processo. Não é só encontrar os culpados, é fazer com que essa prova seja suficiente para que nós levemos esses culpados até o Tribunal do Júri e consigamos a condenação deles lá. Reafirmamos a confiança na Polícia Judiciária, de que eles estão muito próximos de desvendar essa autoria. E agora, juntos, nós podemos contribuir para que tenhamos um final esperado por todos, que é a punição dos culpados”, afirmou o promotor.

Pais de Beatriz

Após o término da coletiva, os seis promotores, juntamente com Carlos Guerra de Holanda, se reuniram com os pais da menina, Lúcia Mota e Sandro Romilton. A imprensa, no entanto, não teve acesso ao conteúdo da reunião. A mãe de Beatriz passou mal durante o bate-papo com os promotores e não pôde falar com os jornalistas. Mas, de acordo com sua advogada, Kleane Oliveira, o encontro foi proveitoso.

“[A reunião] Foi muito produtiva, estamos muito confiantes. A gente clama por justiça e acredita que o trabalho vai ser realmente desempenhado da melhor forma possível. Cinco, seis, sete cabeças pensam mais do que uma. Esperamos o melhor resultado. A família procurou o Ministério Público por duas vezes, esse foi o terceiro contato. Agora, com esse grupo de trabalho, tende a ser melhor. Eles [os promotores] vão manter mais contato [com os pais]. Lucinha Mota tem muitas informações, e ela vai colaborar com o Ministério Público. Os promotores deixaram em aberto, dia e hora, para que eles [os pais] possam entrar em contato”, disse a advogada.

Fonte - Blog do Carlos Britto

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