Em meio à euforia para a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil, as autoridades da área de saúde pública estão atentas aos casos de doenças comuns em outros países que podem se proliferar entre os brasileiros. A Arena Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, receberá os jogos das seleções da Alemanha, Estados Unidos, Croácia, México, Japão, Costa Rica e Itália.
Segundo as análises do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Pernambuco, os torcedores vindos destes países podem trazer em seus organismos doenças como rubéola, varicela, gripes aviárias e suínas, cólera, entre outras. Todas essas enfermidades se tornaram, com o tempo, incomuns entre a população brasileira, o que pode tornar os moradores locais mais vulneráveis por falta de anticorpos específicos.
O quadro acima é usado pela Secretaria Estadual de Saúde como base
para prevença das doenças que podem ser "importadas" na Copa 2014
Fonte: Health Map | Secretaria Estadual de Saúde
A diretora de Controle de Doenças do Estado, Rosilene Hans, admite que existem riscos, mas confirma que o Estado tem feito um trabalho intensivo para evitar surtos de doenças infecciosas entre os pernambucanos. "Existe um plano para esses eventos de massa, como carnaval, Copa do Mundo, Copa das Confederações. Ao visualizar esses cenários de suspeita de doenças, nós fazemos investigações e ações de bloqueio, vacinando e orientando", explica a enfermeira sanitarista.
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Entre os trabalhos para evitar infecção de doenças incomuns no território pernambucano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) alega que tem realizado esquemas de imunização junto aos profissionais da área e grupos específicos que manterão contato com os turistas estrangeiros, como taxistas e agentes de turismo.
Além das doenças que podem ser "importadas" durante a Copa do Mundo FIFA 2014, o infectologista Demétrius Montenegro alerta para outra questão preocupante: as doenças que os estrangeiros podem contrair no Brasil. "No caso do Nordeste, nós temos um grande problema com relação à dengue. No Norte do País, a atenção já é com a malária e a febre amarela. São doenças que não são comuns na Europa e podem causar surtos fora do nosso País", disse o especialista.
Para evitar contaminações, a orientação dos especialistas é que os brasileiros devem atualizar seus cartões de vacina. Já os turistas devem atender as recomendações de imunização feitas pelas organizações de saúde de seu país de origem. Nas duas situações, uma importante arma contra possíveis infecções é sempre lavar as mãos. "Isso evita que nós coloquemos microrganismos causadores de doenças em contato com as mucosas da boca, por exemplo", ressalta Demétrius Montenegro.
DE OLHO NO MUNDO - "Hoje, no panorama da saúde mundial, não há nenhum surto de doença A ou B que possa nos preocupar, mas é preciso ficar atento", avalia o infectologista Demétrius Montenegro. Uma forma de ficar sempre informado sobre alguma enfermidade que esteja causado surtos em determinadas regiões do mundo é o site healthmap.org. Através desta ferramenta é possível visualizar um mapa com inforções sobre quais doenças estão mais presentes no mundo e em quais países. As estatísticas são alimentadas através de notícias sobre os males e suas localizações mais frequentes. Navegue no mapa abaixo (em inglês):
Do Ne10
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