
Os policiais militares que estavam na cidade de Salgueiro, no Sertão do estado, no dia em que 58 armas foram roubadas dos quartéis foram ontem, quinta-feira (12) ao Recife. Eles disseram que estão sendo investigados e transferidos porque trabalhavam com o capitão Marcos Vinicius Barros dos Santos, chefe da inteligência da unidade de Salgueiro, que foi obrigado a entregar o armamento a um grupo de bandidos em troca da liberdade da família dele.
Um sargento que participou da libertação da mulher e da filha do capitão da PM que teve a casa invadida acredita que está sendo alvo de investigação. “É retaliação em virtude de nós termos trabalhado com o capitão Marcos Vinícius, então chefe do Serviço Reservado de Salgueiro, acredita-se que por conta disso quem é amigo ou quem trabalhou com ele nesse momento passa a ser investigado”, disse o policial que não quis ter a identidade revelada.
O advogado da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados da Polícia Militar, Gílson Alves, considera ilegal a transferência. “Nós entendemos como injusto porque prejulga os policiais, inclusive aqueles que sequer tiveram participação direta ou indireta, sobretudo os que não estavam sequer no batalhão”, disse.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que os policiais são contratados para servir em qualquer unidade do estado de Pernambuco e que as transferências estão dentro das normas legais vigentes, considerando o interesse da administração.
O CASO
O roubo das armas aconteceu na madrugada do dia 14 de outubro. O capitão Marcos Vinicius Barros dos Santos disse que os bandidos invadiram a casa dele por volta das 20h, mantiveram as duas filhas dele e a mulher amarradas dentro de casa enquanto o obrigaram a ir até o quartel da cidade para roubar armamentos, sob pena de matá-las. Eles recolheram 58 armas no Batalhão da Polícia Militar de Salgueiro e também nas cidades de Verdejante, Terra Nova, Serrita e Parnamirim.
No dia 23 de outubro a polícia chegou a prender dois homens suspeitos de envolvimento no roubo das armas, mas logo descartou a hipótese. Apesar das buscas realizadas no Sertão do estado, ainda não foi encontrada nenhuma das 58 armas roubadas pelos bandidos.
Fonte - Blog do carlos Brito
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