Vontade frequente de ir ao banheiro, dor ou ardência ao urinar e até a incapacidade de segurar o xixi, ainda que pareçam sintomas de outras condições, podem estar relacionados às doenças da bexiga.
De acordo com o urologista Renato Leal, do Hospital Jayme da Fonte, a manifestação dos sintomas dessas doenças é, geralmente, semelhante. Porém, as principais doenças da bexiga podem variar de acordo com a idade do paciente.
“Pacientes mais jovens são acometidos, principalmente, pela infecção urinária, a famosa cistite. À medida que eles vão ficando mais velhos, tanto o homem como a mulher, vão acometendo outros tipos de doença na bexiga. Dentre elas, a incontinência urinária, a bexiga hiperativa, os cálculos de bexiga e também os cânceres de bexiga”, explica o urologista.
Exames
Para chegar ao diagnóstico, o urologista destaca a importância da conversa atenta e humanizada com o paciente, fundamental para entender os sinais de alerta. “A partir dos sintomas, partimos para os exames de imagem. Dependendo dos resultados, complementamos com outros tipos. Um dos principais exames, para detectar alterações da bexiga, é o estudo urodinâmico. Nele conseguimos saber a função daquela bexiga e como ela está se comportando”, detalha o especialista.

Renato Leal, urologista do Hospital Jayme da Fonte. Foto: Matheus Ribeiro/Folha de Pernambuco.
Tratamento
Segundo o médico, cada caso exige um tratamento “oportuno”. “A gente sempre começa de uma forma mais simples e, depois [se necessário] evolui para uma forma mais complexa. Sempre começando com medicações, se não melhorar, fisioterapias e, depois, cirurgias”.
Leal ressalta que a melhor forma de prevenir as doenças da bexiga é através de hábitos saudáveis.
“Beber bastante líquido e evitar certos alimentos que irritam a bexiga, como café, chocolate e refrigerante em excesso. Além disso, evitar substâncias químicas como o cigarro, que é uma das principais causas de alterações na bexiga”, orienta Renato.
É importante salientar, ainda, que mesmo mantendo hábitos saudáveis, para uma prevenção eficaz, é essencial realizar exames de rotina e manter um acompanhamento com o médico urologista — especialmente em casos de histórico do paciente ou familiar.

Por Gabriela Castello Buarque - Folha de Pernambuco

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