Desde telas de TVs e smartphones até artigos de decoração, a diversidade de produtos e possibilidades de uso já mostram que o LED veio para ficar. Mas não é apenas por ser versátil que ele conquistou o coração das pessoas. Quando o assunto é economia, o LED representa uma grande arma, visto que suas lâmpadas são uma opção com maior durabilidade, qualidade de iluminação e de economia no consumo de energia do que as já existentes no mercado.
Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Iluminação (Abilux), as lâmpadas de LED consomem 85% menos energia do que as incandescentes; 65% menos se comparadas às fluorescentes compactas; 40% menos do que as fluorescentes tubulares comuns e 50% menos do que as de vapor de sódio. Um dos motivos para este baixo consumo da LED se dá pelo fato de ela conseguir converter grande parte da energia elétrica em luz.
O que acontece com as incandescentes, por exemplo, é que elas convertem apenas 5% a 10% da energia em luz. O restante, elas desperdiçam em forma de calor (e por isto elas esquentam tanto). Já as LEDs conseguem converter 60%. Outro quesito em que o LED marca pontos positivos é a durabilidade: podem ficar acesas por 50 mil horas. Vale lembrar que as incandescentes só funcionam por três a cinco mil horas e a fluorescente, por 10 mil horas.
(Foto: Free Images)
Apesar de ter adquirido uma lâmpada de LED há pouco, a modelista Verônica Couto, de 52 anos, aprovou o produto. “A qualidade da iluminação é muito boa. Eu troquei apenas a de um cômodo da minha casa, mas pretendo mudar a dos outros em breve, porque a economia na conta vale a pena”, declarou. Para ela, o único ponto negativo das lâmpadas de LED é o preço. “Já melhorou bastante, pois vi que estava R$ 80 há pouco tempo e comprei a minha por R$ 30. Mas mesmo assim ainda é cara se comparada às outras”, explicou.
Uma pesquisa em uma loja online mostra que, de fato, as LEDs ainda ficam atrás no preço. Enquanto o valor da lâmpada incandescente varia de R$ 1,44 a R$ 4,01 e a fluorescente compacta de R$ 4,77 a R$ 39,82, a LED tem a opção mais barata por R$ 18,20 e a mais cara pode chegar a R$ 138,25. E talvez o elevado preço seja o responsável pela LED ser uma das lâmpadas menos presentes em residências brasileiras.
De acordo com um levantamento feito pela Abilux, em 2014 foram compradas 20 milhões de lâmpadas de LED, ficando atrás das 150 milhões de incandescentes e das 250 milhões de fluorescentes compactas vendidas. A LED só ficou na frente das de sódio e vapor metálico, que venderam apenas 11 milhões.
Histórico
(Foto: Free Images)
Mas o que exatamente é um diodo emissor de luz (LED)? Para entender, é importante saber o conceito de um diodo semicondutor, que nada mais é que um componente eletrônico que permite a passagem de corrente elétrica em apenas um sentido. Sendo assim, o LED é um diodo, mas o que diferencia ele é que a passagem de corrente através dele emite uma luz.
Para chegar ao uso atual, no entanto, o LED precisou passar por uma revolução antes de fazer parte de forma tão essencial do nosso dia a dia. Isto porque, o primeiro LED foi desenvolvido em 1962, pelo americano Nick Holonyak, e só emitia a luz vermelha. Em 1971, eles começaram a ser produzidos também nas cores verde, laranja e amarelo. Mas para chegar à luz branca, foram precisos 31 anos (desde a criação do LED).
Um importante passo para que isto ocorresse foi dado em 1993, quando os japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura descobriram como alterar a coloração da luz em LED, usando nitrito de gálio como semicondutor, produzindo-as em tons frios. A luz branca poderia, então, ser obtida a partir da mistura de azul, vermelho e verde ou pela utilização do LED azul em lâmpadas revestidas com fósforo, que decompunha o azul em vermelho e verde e formava, assim, o branco.
Só a partir da chegada do branco é que o LED começou a ser utilizado em telas de televisão, celulares e até em lâmpadas para iluminação doméstica e pública, para dar exemplos. A descoberta foi tão importante que os responsáveis por ela foram premiados no ano passado com o Nobel de física. Isto porque um quarto do consumo de energia do mundo está relacionado à iluminação e o LED representa uma alternativa mais durável e que gasta muito menos energia que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes.
Do mundo BIT/ NE10
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