Com as temperaturas mais baixas e o aumento das chuvas, o inverno traz também um cenário propício para o surgimento de diversas doenças. Problemas respiratórios como gripes, resfriados e crises de asma se tornam mais frequentes, assim como infecções gastrointestinais e os casos de dengue, agravados pelo acúmulo de água parada.
A primeira preocupação do inverno são as doenças respiratórias. O clínico geral Charley Vaz, do Hospital Jayme da Fonte, explica por que elas ficam mais comuns nessa época do ano.
Vírus
“Durante as chuvas, o tempo mais frio, há proliferação de vírus rinovírus, coronavírus (não o SARS-CoV), adenovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR). Esses vírus acabam gerando resfriado comum, gripe, exacerbação de asma, de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a bronquiolite”, explica o médico.
Segundo ele, as principais formas de prevenção são a lavagem frequente das mãos, o uso do álcool em gel e evitar aglomerações. Outros sintomas comuns em viroses de inverno são náuseas, vômitos e diarreias.
“As doenças virais como um todo podem cursar com sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, e estão dentro desse contexto de uma síndrome viral. Você pode ajudar na prevenção desses sintomas e dessas doenças através da lavagem das mãos e utilização de álcool em gel”, orienta o médico.
Aedes aegypti
No inverno, o acúmulo de água causado pelas chuvas também pode aumentar a incidência de dengue. Para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a recomendação é eliminar qualquer local que possa servir de criadouro.
“Tampar caixas d'água, esvaziar pneus, evitar garrafas abertas e qualquer tipo de acúmulo de água são medidas muitos eficazes para a prevenção da dengue, uma doença que pode se tornar fatal”, ressalta Charley.
O clínico orienta ainda o que fazer caso, mesmo com todos os cuidados, os sintomas apareçam. “Em contextos de sintomas refratários, há medicações comuns como analgésicos simples, antialérgicos, antieméticos”, detalha.
Segundo o especialista, os sinais que merecem mais atenção incluem febre alta persistente, dor de cabeça ou abdominal intensa, falta de ar, prostração extrema e diarreia com sangue ou muco.
“Se esses sintomas persistirem, associados a uma prostração, astenia, queda do estado geral, vale a pena uma avaliação médica na urgência para que essa pessoa seja examinada, avaliar sintomas de gravidade e tomar a devida conduta”, finaliza o clínico geral Charley Vaz.
Por Gabriela Castello Buarque - Folha de Pernambuco
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