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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ABAV 2012 - EDUARDO CAMPOS FALA SOBRE TURISMO LOCAL

RIO DE JANEIRO - Em passagem relâmpago pela Feira de Turismo das Américas (Abav), na última quarta, no Rio, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falou sobre as conquistas e desafios do turismo local. Confira a entrevista.

ESTRATÉGIA

O turismo é um fator muito importante para o desenvolvimento de Pernambuco. E tem tido, da nossa parte, uma atenção especial. Primeiro, lá no início do governo, desenhamos um planejamento estratégico para saber qual é o turismo que queremos, onde é que nós queremos que os turistas estejam e, claro, para entender os principais mercados emissores. Saber isso possibilita definir o que devemos buscar para termos voos, para divulgar destinos, para firmar parcerias. Eu acho que é um momento bastante bonito do turismo no Nordeste e, particularmente, de Pernambuco.

DIVERSIDADE

Como nós queremos ser reconhecidos pelo turista brasileiro? E pelo turista estrangeiro? Será que apenas como um destino turístico de praia e sol? Não. Mas sim como um destino que tem a beleza de uma cena cultural extraordinária. Temos diversidade. E não só no litoral, mas também no interior, no Semiárido, no São Francisco. Queremos ser conhecidos por nosso ciclo junino, por nosso Carnaval, por nosso artesanato.

COPA

Eu acho que a gente está consolidando muito bem o setor de turismo de negócios. Percebe-se que é algo que tem atingido taxas de ocupação, na hotelaria e na gastronomia, muito expressivas. E a Copa chega, justamente, nesse momento muito especial da vida pernambucana. A Copa coincide com um momento pujante da nossa economia, quando tem muita coisa boa acontecendo. Isso com certeza vai fazer a diferença. Estudos técnicos mostram que o fluxo de turistas tende a aumentar 30% depois do Mundial. Queremos atingir essa meta e é para isso que estamos trabalhando.

MALHA AÉREA

A malha aérea do Nordeste é péssima. Nós precisamos de uma ação do governo federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e de políticas públicas que possam garantir o direito do nordestino de ir e vir como acontece no resto do País. Hoje, para ir de uma capital a outra no Nordeste é uma verdadeiro sufoco. Em regra, nós já temos bons aeroportos na região, fruto de um esforço do governo federal. Agora, precisamos de políticas públicas que garantam o funcionamento dos voos. Estamos cansados de ver voos serem implantados e a concorrência predatória desse mercado matar aquele destino. Isso é um absurdo. O Fórum dos Governadores do Nordeste já apresentou ao Ministério da Defesa, há mais de dois anos, uma série de propostas de políticas para ajudar a malha aérea regional. Estamos aguardando ação.

NO SERTÃO, EDUARDO DIZ QUE CELPE NÃO TRABALHA OPARA O POVO

O governador Eduardo Campos (PSB) teceu contundentes críticas à Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) nessa quarta-feira (31) em visita ao Sertão do Pajeú, onde esteve para entregar cartões do Chapéu de Palha Estiagem. Durante discurso no Cine Teatro São José, no centro de Afogados da Ingazeira, o socialista disse que a Celpe não gosta de fazer nada para pessoas pobres. A Celpe foi privatizada pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que, após 20 anos de rixa, aliou-se a Eduardo nestas eleições municipais.

"No meio do caminho [para Afogados], encontrei outra beleza: a famosa Celpe, que gosta de cobrar contas de energia, multar, mas que não gosta de fazer nada, e quando é para pobre então", reclamou, ao falar sobre empresas privadas que não prestam bom serviço. Em seguida, Eduardo lembrou que a empresa lucro no ano passado R$ 400 milhões. "O dinheiro ficou aqui? Não. Mandaram para a Espanha, que estava em crise, e aqui ficamos com o atendimento cada vez pior", continuou.

O governador explicou que o desabafo foi em relação ao atraso da empresa para ligar o sistema elétrico de bombas das estações da Adutora do Pajeú, que levará água ás cidades da região, que vivem a pior seca dos últimos 40 anos. A obra deve ser entregue em dezembro.

"A Celpe não bota a energia em tempo nas estações e como a bomba vai puxar a água? Isto é um desrespeito à cidadania. Ela não pode tratar o governo federal desse jeito. É um achincalho com a Lei. Uma empresa privada que pertence a um fundo de pensão público, não pode constranger um órgão público desse jeito", criticou.

EDUARDO CAMPOS SE UNE A AÉCIO POR PACTO FEDERATIVO

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), dois nomes cotados para a eleição presidencial de 2014, já estão afinados no discurso da necessidade de um novo pacto federativo no País. A desconcentração das receitas que estão com a União e o fortalecimento dos Estados e municípios são uma bandeira antiga do senador tucano - herdada de Itamar Franco -, que foi adotada mais recentemente por Campos, na esteira das eleições municipais.


Embora no plano federal participem de bases distintas, PSDB e PSB são aliados no âmbito estadual e caminharam juntos, nas eleições de outubro, na disputa por cidades importantes como Belo Horizonte e Campinas - onde a aliança derrotou candidatos apoiados pelo ex-presidente Lula e a presidente Dilma.

Campos inseriu as expressões "novo federalismo" e "pacto federativo" no seu repertório logo após o resultado do primeiro turno. Provocado a falar sobre eventuais planos de disputar a Presidência, ele lançou o mote: a rediscussão de um novo pacto federativo é mais importante do que ficar discutindo 2014.

"Temos que olhar para o novo debate que precisa ser feito pós-eleição, o debate do novo federalismo", disse Campos, também presidente nacional do PSB.

Aécio afirma que se trata de "uma questão central". "Os prefeitos eleitos devem aproveitar para comemorar muito suas vitórias e começar, a partir de depois de amanhã, a se preocupar com o que vão receber. Porque há um processo de fragilização enorme dos municípios no Brasil. O governo federal tem sido muito pouco generoso com os municípios. As ações do governo são na linha da concentração. Essa certamente é uma das questões que subsidiam nossa proposta", disse o tucano ao Estado.

"Essa mobilização por um novo pacto federativo, a reforma da Federação, é essencial."

O senador tucano também critica "a pouca participação ou a diminuição progressiva da participação do governo federal" no financiamento da saúde e na área da segurança pública nos Estados.

ALINHADOS - Na mesma linha, Campos tem dito que os repasses federais por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) devem permitir não somente custeio dos municípios e Estados, mas investimentos em saúde, educação, mobilidade, habitação e segurança pública.

"Os municípios precisam das condições para realizar seu papel na estruturação das políticas públicas nas mais diversas áreas", disse o governador, que saiu reforçado das urnas.

O PSB foi o partido que proporcionalmente mais cresceu nas eleições municipais. A legenda aumentou em 42% o número de prefeituras em relação a 2008 - passou de 310 para 440 - e conquistou cinco capitais. "A vitória eleitoral traz mais responsabilidade e é preciso usar a força política à disposição de boas causas", ressaltou Campos.

A defesa de um novo pacto federativo será um dos temas do seminário que Campos organizará em janeiro com todos os 184 prefeitos eleitos de Pernambuco. O encontro irá debater os desafios dos novos gestores nos próximos quatro anos.

O senador mineiro e o governador pernambucano também já adotam discursos em relação à economia. Enquanto Aécio defende a aprovação de reformas estruturais no Congresso como forma de reverter o "crescimento pífio dos últimos dois anos", Campos fala em mobilizar seus aliados no Congresso para ajudar a presidente Dilma a enfrentar a crise financeira internacional.

Do JC OnLine/Blog do Fredson/Portal Araripina

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