A conta de água terá um reajuste de 11,21% a partir de 28 de abril e o aumento vai impactar 1,7 milhão de clientes. A tarifa mínima atualmente é de R$ 50,50. Dentro de um mês, o valor mínimo passará para R$ 56,16 pelo consumo mensal equivalente até 10 metros cúbicos de água. O benefício destinado a clientes de baixa renda, conhecido como tarifa social, não sofrerá acréscimo, permanecendo em R$ 9,44. Ao todo, a tarifa social beneficia 70 mil clientes consumidores.
Por meio de nota, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) declarou que o reajuste tarifário foi solicitado e a Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) atendeu ao pedido referente ao período de julho de 2021 a junho de 2022. A empresa explicou que a tarifa é uma importante fonte de recursos para manter as atividades e realizar investimentos. Não houve porta-voz para comentar a decisão até o fechamento desta matéria.
A companhia alegou, em seu comunicado, que a medida visa restaurar o equilíbrio da autarquia e a capacidade de realizar obras necessárias para melhorar a qualidade dos serviços. Pontuou ainda que, além de realizar corte de despesas em todos os níveis, ações de recuperação de receitas se mostraram “imprescindíveis”.
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“Nos últimos anos, a Compesa vem enfrentando aumentos expressivos dos custos de energia elétrica e produtos químicos, sendo este último insumo ter sido majorado em 100% apenas nos últimos 12 meses. Esses itens são a base para o tratamento e o bombeamento dos sistemas de abastecimento para que a água chegue à casa de mais de sete milhões de pernambucanos”, diz um trecho da nota.
O novo índice será aplicado num prazo legal de 30 dias com aprovação da Arpe. Em outro trecho do comunicado, a companhia diz ter investido recursos em obras acima da sua capacidade financeira nos últimos anos, sem que os investimentos tenham sido ressarcidos pelo tesouro estadual. Informou ainda, que, além de 2022, houve suspensão de reajustes em 2018 e 2020 nas gestões passadas..
“Para melhor atendimento à população, a Companhia investiu recursos em obras acima da sua capacidade financeira, em função do pacto e compromisso estabelecidos pela gestão do governo passado de que esses investimentos seriam ressarcidos pelo tesouro estadual, o que não se confirmou. Essas circunstâncias provocaram um desequilíbrio no fluxo de caixa, situação que está afetando não apenas o cumprimento do programa de investimentos da empresa como também à prestação adequada dos serviços à população”, acrescentou a nota.
Por Aline Moura - Folha de Pernambuco
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