sábado, 26 de setembro de 2009
PARALIZAÇÃO - ACABA A GREVE DOS CORREIOS NO ESTADO
Após nove dias de greve, os trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco (ECT) decidiram, ontem à noite, voltar aos trabalhos a partir de hoje. A decisão foi tomada mesmo sem os trabalhadores terem conseguido o que pleiteavam: aumento de R$ 300 em cima do salário-base, que passaria de R$ 648 para R$ 948, um reajuste de 46%.
Em vez disso, os Correios encerraram a conversa com a categoria oferecendo 9% de incremento no salário-base e adiantando 50% do vale-peru, gratificação dada todos os anos durante o período natalino. Além disso, descontaram os dias parados pelos grevistas.
“Infelizmente ainda temos muitas pessoas ligadas ao governo do PT atuando dentro dos sindicatos. Isso foi determinante para que a greve perdesse força”, afirmou Marcos Roberto Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Sintect).
“O fim da greve em São Paulo provocou efeito cascata. São Paulo concentra 65% dos trabalhadores dos Correios no Brasil”, disse Santos. Até ontem à noite, além de São Paulo e Pernambuco, sindicatos de outros nove Estados tinham determinado o fim da paralisação. “Os Correios empurraram a proposta de goela abaixo”, acrescentou o sindicalista.
Em Pernambuco, cerca de 70% dos 3,2 mil trabalhadores dos Correios tinham aderido à greve. Durante os dias de paralisação, a direção do sindicato calcula que aproximadamente 45 mil toneladas de correspondências deixaram de ser entregues. “Ainda não está definido como será o esquema para entregar as correspondências atrasadas”, completou Santos.
REIVINDICAÇÕES
Além do aumento de R$ 300 em cima do salário-base, os funcionários dos Correios pediam implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, contratação imediata de novos funcionários e mais segurança, já que, em algumas cidades do interior do Estado, algumas agências da empresa funcionam como agências bancárias.
Três dias após o início da greve, os Correios decidiram entrar no Tribunal Superior do Trabalho contra a paralisação. Segundo nota divulgada, a decisão foi tomada depois que a empresa recebeu um comunicado do comando nacional de greve de que 27 dos 35 sindicatos representativos dos empregados rejeitaram a proposta de reajuste imediato de 9% e um aumento linear de R$ 100, a partir de janeiro de 2010.
Fonte-JC
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