Após mais uma assembléia na sede do sindicato da categoria, realizada na noite de ontem, os policiais civis de Pernambuco decidiram não deflagrar greve e manter a posição do encontro ocorrido no dia 12 deste mês, quando ficou acertado que a questão da carga horária seria discutida com o governo durante prazo de 180 dias. O novo debate em torno de uma paralisação surgiu depois que a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou nota em seu endereço eletrônico determinando o cumprimento da carga horária de 44 horas, estipulada em portaria no dia 6. Com a intermediação do secretário de Administração Paulo Câmara, a nota foi retirada do ar e as negociações serão retomadas na próxima sexta-feira.
Apesar da disposição de manter aberto o canal de negociação com o governo, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco, Cláudio Marinho, não poupou críticas à SDS, e à chefia de Polícia Civil. “Não iremos aceitar em hipótese nenhuma essa imposição de 44 horas que a SDS apresentou. Temos que analisar cada caso de maneira específica. Não estão tendo respeito por esses profissionais. Estão querendo usar a polícia civil como bode-expiatório para encobrir a incompetência dessa gestão e depois acusar a nossa categoria de ter feito corpo mole. Não nos curvaremos a essas atitudes de arrogância e prepotência”, disparou.
Em nota, a Secretaria de Administração reafirmou o interesse na negociação com os policiais a partir da regulamentação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, com a realização de reuniões sobre o tema. Em Pernambuco, atuam cerca de 5.400 policiais civis. O prazo para o fim das discussões sobre o alinhamento da carga horária vence no dia 30 de junho deste ano.
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