O projeto da Ferrovia Transnordestina será discutido esta semana pelo interior do Estado. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fará audiências públicas nas cidades de Palmares, Pesqueira e Serra Talhada, hoje, amanhã e na quinta-feira, respectivamente. As reuniões fazem parte do processo de licenciamento ambiental que dará o aval de viabilidade para a ferrovia ter a licença prévia para construção. O projeto está avaliado em R$ 5,421 bilhões e está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Nas audiências, serão apresentados à população o projeto executivo da ferrovia, mostrando como funcionará, e os impactos ambientais causados pela construção, a partir do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima). “Todas (as obras) têm impactos, mas essa não é uma obra com problemas. Com ela, conseguiremos diminuir outros impactos causados por outras atividades de transporte”, explicou o superintendente do instituto em Pernambuco, João Arnaldo Novaes. Apenas o trecho Salgueiro (PE)-Missão Velha (CE) tem licença de instalação e está em processo de construção há dois anos, com 95 quilômetros de extensão. A Transnordestina tem 1.860 quilômetros, ligando os portos de Pecém (CE) e de Suape (PE), até o cerrado do Piauí. O primeiro trecho pernambucano, Salgueiro-Trindade, está com as desapropriações em andamento pelo Governo do Estado e o Ibama está fechando os últimos detalhes para a liberação da licença de instalação. Na última semana, o governador Eduardo Campos informou que, até o fim deste mês, as atividades devem ser iniciadas. Esta semana, o Governo Federal deve fechar a engenharia financeira para conseguir os R$ 164,4 milhões para completar os R$ 823 milhões do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor). O fato é que o orçamento do projeto teve um incremento de 20% devido à defasagem do produzido em 2004, passando de R$ 4,5 bilhões para R$ 5,421 bilhões.
RAFAELA AGUIAR
FOLHA-PE
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