O Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged) registrou em agosto a geração de 239.123 empregos com carteira assinada no País. Esse resultado é o melhor para meses de agosto da série histórica do Caged, iniciada em 1992. Em agosto de 2007, foram gerados 133.329 postos de trabalho. O melhor resultado até então para meses de agosto era o de 2004, quando foram abertos 229.757 empregos formais. No acumulado do ano de janeiro até agosto, a abertura de postos de trabalho atingiu 1,803 milhão ante 1,355 milhão nos oito primeiros meses de 2007. A previsão do Ministério do Trabalho no início do ano era a criação de 1,8 milhão de empregos com carteira assinada no ano inteiro. O resultado deste ano para o período também é recorde pela série histórica do Caged. No acumulado dos últimos 12 meses, o Caged registrou pela primeira vez a marca de 2 milhões de novos empregos formais. Foram gerados 2.065.297 postos de trabalho. Apenas a agricultura registrou demissões de trabalhadores com empregos formais em agosto. Segundo o Caged, o setor demitiu 4.995 pessoas por motivos sazonais relacionados à entressafra no Centro-sul do País. O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, ressaltou que a queda foi menor do que em agosto de 2007, quando a agricultura demitiu 30.806 trabalhadores. “O ano de 2008 está sendo tão forte, tão atípico, que o homem do campo está preferindo manter o seu trabalhador e diversificar as culturas. É até surpreendente, mas estamos num ciclo virtuoso, que acho que vai demorar alguns anos”. O ministro afirmou que a sua expectativa é de que sejam gerados mais de 2 milhões de empregos formais em 2008. O setor de serviços foi o que mais contribuiu, com a abertura de 95.191 novos postos de trabalho, número recorde para o mês para esse segmento. A indústria de transformação criou 54.576 novos empregos formais, enquanto o comércio contribuiu com 54.159 novos postos. Para o comércio, o resultado também é recorde no mês. A construção civil apresentou a maior taxa de crescimento do emprego, que foi de 35.882 em agosto. Lupi disse “que o Brasil virou uma grande Meca de negócios”. Para ele, os ganhos reais no valor do salário mínimo criaram “uma escada” que levou à melhoria do salário em todos os setores. Segundo ele, 90% dos acordos coletivos de trabalho fechados este ano tiveram ganho real para o trabalhador.
FONTE-FOLHAPE
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