O consumo de bebidas energéticas por crianças e adolescentes pode ser prejudicial a saúde mental, de acordo com um novo estudo. Para especialistas do Reino Unido, onde a pesquisa foi conduzida no Centro de Pesquisa Translacional em Saúde Pública da Universidade de Teesside (Inglaterra), as novas descobertas acendem um alerta para a criação de políticas de restrição da bebida.
Segundo o estudo publicado na segunda-feira (15) na revista científica Public Health, o consumo da bebida foi relacionado ao maior risco de desenvolver problemas de saúde mental incluindo ansiedade, estresse, depressão e pensamento suicidas. A ideia é que a venda da bebida para menores de 16 anos passe a ser proibida.
Para a Amelia Lake, professora de Nutrição em Saúde Pública do Fuse (o Centro de Pesquisa Translacional em Saúde Pública da Universidade) destacou que, normalmente, o consumo de energético entre os jovens esteja associado a melhorar energia e o desempenho, contudo, após as descobertas, fica comprovado que fazem mais mal do que bem.
"A evidência é clara de que as bebidas energéticas são prejudiciais à saúde mental e física das crianças e jovens, bem como ao seu comportamento e educação. Precisamos tomar medidas agora para protegê-los desses riscos", destacou a professora.
Outros pontos prejudiciais da bebida, e que já haviam sido alvo de estudo, são problemas cardíacos, como aumento de arritmia cardíaca, ou diminuição na frequência cardíaca.
"O consumo dessas bebidas também pode estar associado ao aumento da rigidez arterial e ao aumento significativo da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD)”, ainda de acordo com a pesquisa.
Consumo por menores de 16 anos
No Reino Unido, as embalagens do produtos contam com avisos de que não são adequadas para crianças, mas podem ser compradas facilmente por menores de 18 anos.
A pesquisa ressaltou que os homens tinham mais probabilidade de beber energético do que mulheres e que um consumo regular de energéticos poderia levar ao consumo de drogas, ações mais violentas e prática de sexo sem proteção.
Fonte - Correio Braziliense/ Diário de Pernambuco
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