Manter uma rotina de exercícios físicos sempre no mesmo horário melhora o desempenho esportivo, evita lesões e contribui para a saúde musculoesquelética. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido.
Os benefícios são consequência da sincronização dos diferentes relógios biológicos do organismo. Todos os seres vivos, sejam eles plantas ou animais, possuem diferentes ritmos biológicos. O comportamento e os processos fisiológicos são coordenados pelo ciclo circadiano, que é influenciado por sinais ambientais, como a luz e a alimentação.
Os cientistas sabem que o desalinhamento entre os relógios biológicos do cérebro e de outros órgãos pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e de diabetes. Agora eles conseguiram entender um pouco mais sobre a relação entre os relógios biológicos dos músculos, ossos, articulações e cérebro.
Exercícios podem redefinir os relógios biológicos
Publicado em 14 de novembro na revista Nature Communications, o estudo mostra que padrões consistentes de exercícios podem redefinir os relógios biológicos das articulações e da coluna para sincronizá-los com o relógio cerebral.
“Identificamos um novo mecanismo de relógio subjacente ao envelhecimento esquelético, que pode ter impactos de longo alcance na compreensão da fragilidade e no planejamento de um tempo de tratamento mais eficiente para exercícios e fisioterapia para manter uma boa saúde e mobilidade esquelética”, afirma a professora Judith Hoyland, especialista em coluna/disco intervertebral, em comunicado à imprensa.
Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor
Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor Mike Harrington/ Getty Images
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente Hinterhaus Productions/ Getty Images
De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias.
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga também são indicadas para fortalecer ossos e músculos Nisian Hughes/ Getty Images
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, também auxilia no aumento da energia, melhora o humor e o sono skaman306/ Getty Images
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por ao menos meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes Tom Werner/ Getty Images
A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural. Ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida.
Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, se exercitar ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor Mike Harrington/ Getty Images
Enquanto estamos em pé e nos movimentando durante o dia, a água presente no organismo é expelida da coluna e da cartilagem das articulações dos quadris e joelho – particularmente envolvidas no exercício.
A equipe descobriu que a realização de atividades físicas contribui para o processo de redução de água – isso significa que, quando realizada em um horário consistente, a atividade física fará uma espécie de atualização entre os horários do cérebro e das articulações.
“A água volta à noite, quando descansamos, e a osmolaridade diminui”, explica o principal autor do estudo, Michal Dudek.
Embora a descoberta tenha sido em um estudo realizado com ratos, os cientistas acreditam que é alta a probabilidade de que os humanos respondam de maneira parecida. A cartilagem e os discos intervertebrais humanos têm propriedades fisiológicas muito semelhantes aos dos ratos.
A perda de densidade óssea, a degradação da cartilagem articular e a degeneração dos discos intervertebrais são algumas das primeiras consequências do envelhecimento do esqueleto. Todas podem contribuir para a dor e a perda de mobilidade. Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Fonte - Metrópole/ Diário de Pernambuco
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