Começa no sábado (11) a Campanha de Vacinação Antirrábica de Cães e Gatos em Pernambuco. A meta, segundo o governo, é formar uma barreira protetora contra o vírus da raiva no ciclo urbano. Para realização da estratégia de imunização de cães e gatos, Pernambuco contará com mais de 7,9 mil postos fixos distribuídos entre os municípios, além de mais de 23,7 mil vacinadores.
Pernambuco recebeu 1,4 milhões de doses de vacina e realizou a distribuição para que os municípios realizem suas estratégias de forma localizada. A Campanha de Vacinação Antirrábica segue até 11 de dezembro. A campanha pretende alcançar a cobertura de 80% na imunização de cachorros. Para os gatos, não foi estabelecido um índice.
Dados
Este ano, foram confirmados seis casos positivos para doença: morcegos (4), canino (1) e sagui (1). No ano passado, a cobertura vacinal no Estado foi de 63%, com 17 casos positivos de raiva animal, distribuídos entre caninos (1), felinos (2), morcego (6), saguis (3) e raposa (5). Em 2021, foram oito casos positivos para raiva em morcegos, quatro em cães e dois em felinos.
“O último caso de raiva humana no Estado foi em 2017 e para gente continuar com esse cenário, sem casos de raiva humana, a forma mais eficiente é vacinando nossos cães e gatos. Contamos com a participação da população levando seus animais, a partir do dia 11 de novembro. Dos seis casos confirmados em animais este ano, apenas um deles foi canino, os demais são animais silvestres. Então, para a gente ficar zerado é importante que você leve seu cão e seu gato para serem vacinados”, destaca o coordenador de Zoonoses da SES-PE, Francisco Duarte.
Doença
A raiva é uma zoonose viral que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letalidade de aproximadamente 100%, considerando casos raros de cura. Ela tem alguns ciclos de transmissão e no Brasil, nas áreas urbanas, as principais fontes de infecção são o cão e o gato.
O principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre é o morcego, entretanto, também são considerados outros reservatórios silvestres: a raposa, o gato do mato, primatas não humanos, entre outros. Embora a raiva não seja considerada uma enfermidade de grande risco pandêmico, a doença deve ser foco de avaliação de risco e prevenção.
Fonte - Diário de Pernambuco
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